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São Vicente Ferrer
 
AUTOR: REDAÇÃO
 
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Imagine um pregador cujas homilias durassem de duas a três horas e que na Sexta-feira Santa elas chegassem a durar até seis horas...

Um grande pregador

As igrejas onde São Vicente Ferrer costumava fazer suas homilias tornavam-se pequenas para conter a multidão que ele atraia.

Todavia, em Tolosa na Espanha, um de seus sermões prolongou-se por seis horas seguidas! Seus ouvintes dessa cidade costumavam dizer: “Este homem veio a esta cidade para nossa salvação ou para nossa perdição. Para que nos salvemos, se fizermos o que ele nos diz; para que nos condenemos, se nos descuidarmos de obedecer-lhe.” E afirmavam ainda: “Até aqui podíamos dizer que não tínhamos quem nos ensinasse bem o que somos obrigados a fazer. Agora de fato já não podemos dizer isso”.

De onde lhe vinha a atração e o sucesso

Dessa forma, com uma oratória brilhante e cheia de fogo, São Vicente Ferrer mantinha a lógica das argumentações escolásticas. Além disso, seus ouvintes percebiam nele a presença do sobrenatural e suas palavras eram carregadas de amor de Deus. Portanto, era isso que atraia seus ávidos ouvintes. A graça divina estava nele. Seus inflamados sermões não só atraíam multidões mas, obtinham incontáveis conversões, inclusive de judeus e maometanos que ainda dominavam a península Ibérica.

Sem dúvida, o sucesso e as graças obtidas nesse apostolado eram frutos de sua obediência amorosa a Nosso Senhor Jesus Cristo que, em uma visão tida pelo Santo, ordenou que ele pregasse a verdadeira Fé católica pelo mundo todo.

Uma época conturbada, dentro e fora da Igreja

Contudo, São Vicente Ferrer veio ao mundo no ano de 1350, em Valência, numa Espanha que ainda lutava contra os árabes maometanos invasores da península ibérica. O Ocidente passava por uma grande crise espiritual que atingia direta ou indiretamente todas as nações. Nenhuma escapava!

Ademais, foi durante esse período que eclodiu no seio da Igreja o Cisma do Ocidente. Cardeais declararam inválida a eleição de Urbano VI como Papa, surgiram outros Papas.

São Vicente Ferrer chegou escrever um tratado sobre este cisma. Esforçou-se e colocou todo peso de seu prestígio em toda a Cristandade para que o Cisma do Ocidente tivesse um desfecho favorável aos interesses da própria Igreja.

Foi dentro dessas circunstancias históricas que envolviam o Ocidente Cristão que São Vicente Ferrer deveria desenvolver seu apostolado.

Fiel ao carisma de seu fundador

Foi, antes de tudo, um religioso dominicano fiel ao carisma de São Domingos.

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Vicente pregava sobre a segunda vinda de Jesus no Juízo Final. E isso de um modo tão compenetrado que provocava a conversão nas pessoas. Era um homem de penitência, da verdade, da esperança, que semeava a unidade e a expectativa do Senhor que voltará. Assim sendo, a Providência abençoava seu apostolado: sua pregação era confirmada com sinais, milagres e conversões.

Morte e canonização

Entretanto, com o correr dos anos, a idade chegou e com ela o cansaço e os males físicos.

Quando começava a pregar, porém, tudo desaparecia. Seu rosto como que se transfigurava, a pele parecia retomar o frescor da juventude. Seus olhos brilhavam e sua voz era clara e sonora. 

Sua missão apostólica continuou até 1419. Aos 69 anos, assistido por amigos, por seus irmãos dominicanos e por damas da corte da Duquesa da Bretanha, entregou sua combativa alma a Deus. Era o dia 5 de abril de 1419. O processo de canonização começou no dia seguinte. A Igreja reconheceu como autênticos 873 milagres.

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