Cidade do México – México (Sexta-feira, 17-10-2014, Gaudium Press) Sob o título “Ontem e Hoje na Arte da Cidade” a Arquidiocese do México, a partir da Comissão de Arte Sacra, realizará uma jornada de estudo para aquelas pessoas que estejam interessadas em conhecer com mais detalhes a arte sagrada dos templos mais representativos da Cidade do México, e que se caracterizaram por sua função evangelizadora através da beleza e da estética.
Interior da Catedral Metropolitana do México / Foto: Boris G. |
A jornada, que se desenvolverá por meio de várias conferências, ocorrerá no dia 22 de outubro no Auditório Miguel Darío Miranda da Curia Arquidiocesana, sendo iniciada às 08h45 com o encontro inaugural presidido pelo Cardeal Norberto Rivera Carrera, Arcebispo Primaz do México. Logo depois será o turno da conferência inicial ministrada pelo Frei José de Jesús Orozco com o tema “O Carmo do Centro e O Carmo de Santo Anjo”.
Ao meio-dia o arquiteto Eduardo Alarcón Azuela guiará a palestra “Nossa Senhora da Solidão e Santo Antônio das Hortas”, onde se aprofundará sobre vários dos elementos artísticos que caracterizam a construção destes templos. Após isso, e logo depois do almoço, se apresentará a conferência sobre o Templo de Santo Agostinho que acompanharão Frei Roberto Jaramillo Escutia e os doutores Roberto Meli Piralla e Carlos Martínez Assad.
Após um concerto de música sacra com seleções do Réquiem de Mozart, a jornada culminará com a conferência sobre os templos de Nossa Senhora de Guadalupe em Rosedal, Santa Maria dos Apóstolos, Santo Antônio de Pádua e da Imaculada Conceição, que dará o arquiteto Alberto González Pozo.
A arte sagrada, sua dignidade e sua dimensão evangelizadora
“A Santa Madre Igreja foi sempre amiga das belas artes”, isto é o que explica a Constituição “Sacrosanctum Concilium” de Paulo VI sobre a Sagrada Liturgia, quando faz referência à dignidade da arte sacra, eixo central da jornada que se realizará nos próximos dias na capital mexicana.
Precisamente dita Constituição destaca em seu numeral 122: “Entre as atividades mais nobres do engenho humano se contam, com razão, as belas artes, principalmente a arte religiosa e seu cume, que é a arte sacra. Estas, por sua natureza, estão relacionadas com a infinita beleza de Deus, que tentam expressar de alguma maneira por meio de obras humanas. E tanto mais pode dedicar-se a Deus e contribuir a seu louvor e a sua glória quanto mais distantes estão de todo propósito que não seja colaborar o mais possível com suas obras para orientar santamente os homens até Deus”.
É por isso que a Igreja tem buscado “seu nobre serviço para que as coisas destinadas ao culto sagrado fossem verdadeiramente dignas, decorosas e belas, sinais e símbolos de realidades celestiais. Mais ainda -continua o documento- a Igreja se considerou sempre, co razão, como árbitro das mesmas, discernindo entre as obras dos artistas aquelas que estavam de acordo com a Fé, a piedade e as leis religiosas tradicionais”.
De maneira particular -prossegue a Constituição- “a Igreja procurou com especial interesse que os objetos sagrados sirvam ao esplendor do culto com dignidade e beleza, aceitando as mudanças de matéria, forma e ornato que o progresso da técnica introduziu com o correr do tempo”. (GPE/EPC)