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Virgem Maria


Qual a mais antiga oração conhecida à Mãe de Deus?
 
AUTOR: REDAÇÃO
 
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Qual a mais antiga oração conhecida à Mãe de Deus?

É a antífona Sub tuum præsidium, cantada pela Santa Igreja na Liturgia das Horas e recitada por numerosos fiéis em diversas oportunidades: “À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus. Não desprezeis nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita!”.

Incluída desde tempos imemoriais nos Ritos Ambrosiano, Copta, Sírio e Armênio, sua antiguidade foi confirmada na primeira metade do século XX, quando se encontrou no Egito um papiro do século III contendo o original grego desta expressiva prece.

Desempenhando um elevadíssimo papel na Redenção, a Virgem Maria é, entretanto, muito pouco mencionada no Evangelho. Uma vez, porém, que este se difunde por toda a Terra, surge espontaneamente no coração dos fiéis a súplica à Mãe de Deus, eficaz amparo para sua peregrinação terrena.

O início da oração recolhe os ecos da versão grega da Bíblia e associa à Virgem a capacidade protetora atribuída a Deus pelo salmista: “Protegei-me sob a sombra de vossas asas” (Sl 16, 8). E a fórmula “mas livrai-nos sempre de todos os perigos” evoca o pedido feito na Oração Dominical: “mas livrai-nos do mal”.

Como tantas outras preces litúrgicas antigas, o Sub tuum præsidium se destaca por sua nobre simplicidade e sua concisão, aliadas a uma saudável espontaneidade. Segundo alguns estudiosos, essa maneira de implorar com premência a proteção da Virgem Maria indica que os cristãos se encontravam em situação de perseguição, talvez a de Valeriano ou a de Décio.

Outro dado digno de nota: à vista do iminente perigo, os cristãos do século III procuram proteção sob o manto da Virgem Santíssima. Demonstram, pois, estarem conscientes de que Ela ouve e atende seus pedidos, e tem poder para socorrê-los.

Por fim, o Sub tuum præsidium é uma inquestionável prova da antiguidade da devoção a Nossa Senhora, sob a invocação de Mãe de Deus.

Santa Teresa de Jesus.jpg

Que Santa Teresa foi sepultada onze dias depois de sua morte?

Santa Teresa de Jesus faleceu em Alba de Tormes, Espanha, no dia 4 de outubro de 1582 e foi sepultada no dia 15. Qual o motivo de tal demora? O que ocorreu ao longo desses onze dias?

Na realidade, não houve atraso algum. Acontece que precisamente no dia seguinte ao da morte da grande Doutora da Igreja, entrou em vigor a reforma promulgada pelo Papa Gregório XIII, substituindo o calendário juliano, instituído pelo imperador Júlio César, pelo calendário gregoriano, em vigor até hoje.

Com efeito, erros acumulados ao longo de séculos haviam produzido uma defasagem de dez dias entre a data marcada pelo calendário e a data real, definida pela posição da Terra em relação ao Sol. Para sanar essa falha, Gregório XIII criou uma comissão formada pelos melhores astrônomos de sua época, a qual lhe propôs suprimir dez dias do calendário oficial. Decidiu então o Pontífice que em outubro de 1582 se passasse diretamente do dia 4 ao dia 15.

Assim se fez, e Santa Teresa, falecida no dia 4, foi sepultada no dia seguinte… dia 15. (Revista Arautos do Evangelho, Janeiro/2015, n. 157, p. 38)

 
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