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Jesus Cristo


Monsenhor João Clá: A devoção do amor
 
AUTOR: LUCAS MIGUEL LIHUE
 
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Amar e ser amado! Uma questão que se impõe aos homens de todas épocas. Há vários tipos de amores. Amor humano, amor divino. Fomos amados primeiros afirma o apostólo do amor: São João.

Uma devoção que traz consigo toda força desse significado é a do Sagrado Coração de Jesus.

Sim! Deus nos amou desde o princípio, pois já existíamos nos planos dEle. Pois como afirma o Monsenhor João Clá, citando São Tomás “O homem pode sentir afeto ou repulsa apenas por objetos cuja existência conhece. Com Deus, entretanto, o fenômeno dá-se de forma diversa. Ele, afirma São Tomás, “conhece todas as coisas, não apenas as que existem em ato, como também aquelas que estão em sua potência ou na potência das criaturas. […] Seu olhar recai desde toda eternidade sobre todas as coisas, como estão em sua presença”.

A nossa criação é uma escolha feita por puro amor, grautitamente. Pois acrescenta o Monsenhor João Clá que no mundo dos possíveis divino,nosso Criador escolheu a cada um em particular, tendo-nos presente em sua Redenção.

Alguém objetaria que uma criatura, assim, seria como Deus, pois existiria desde toda a eternidade. A essa objeção Santo Tomaz explica que “embora as criaturas não tenham existido desde toda a eternidade, senão em Deus, por ter existido em Deus desde toda a eternidade, Ele a conheceu desde toda a eternidade em suas próprias natureza; e por isso mesmo as amou”.

É no mistério desse amor de um Deus feito homem, para nos salvar que devemos considerar 

a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, Mas segundo o Monsenhor Clá Dias corremos o risco de ficar muito aquém do tesouro de bondade e misericórdia que essa forma de piedade coloca à disposição dos fiéis. Porque o Coração de Jesus é o tabernáculo mais autêntico e substancial das três Pessoas da Santíssima Trindade e, em consequência, não há melhor meio de adorar o Pai, o Filho e o Espírito Santo do que através d’Ele

Com efeito, o Sagrado Coração de Jesus, invocado na ladainha que Lhe é dedicada como “unido substancialmente ao Verbo de Deus”, abarca de maneira insondável ambas as naturezas de Cristo: a humana e a divina. Assim, com toda propriedade, é por seu intermédio que Deus entra em contato conosco, respeitando as nossas proporções e apresentando-Se ao nosso alcance de maneira a nos inspirar confiança. E reciprocamente, adorando a Deus através do Sagrado Coração, utilizamo-nos do altar mais privilegiado, supremo até, para nossas orações ascenderem ao Céu de maneira a serem aí recebidas com absoluta complacência.

Símbolo por excelência do amor infinito de Deus pelos pecadores e a mais comovente manifestação de sua capacidade de perdoar, abrir- -se à misericórdia que d’Ele dimana constitui uma segura fonte de salvação, porque, como acentua o Papa Pio XII: “Só Aquele que é o Unigênito do Pai e o Verbo feito Carne ‘cheio de graça e de verdade’ (Jo 1,14), tendo descido até os homens oprimidos de inúmeros pecados e misérias, podia fazer brotar de sua natureza humana, unida hipostaticamente à sua Pessoa Divina, um manancial de água viva que regasse copiosamente a terra árida da humanidade, transformando-a em florido e fértil jardim”.

Que nossas almas possam ser esse jardim fértil e florido sob os raios puríssimos dessa Bondade Divina, porque Deus é amor!

 
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