Quantos se acham “já bem bons” e vão levando uma vida “acomodada”, julgando estar realizando o plano que Deus tem para com ele… Qual é a meta de perfeição, o limite com o qual Deus estará contente? Mons. João Clá, Fundador dos Arautos do Evangelho nos abre os olhos a esse respeito no texto a seguir.
A META MAIS OUSADA DA HISTÓRIA
“Sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito!” (Mt 5, 48)
Jesus formula, com uma clareza insofismável, a meta e o objetivo de nossa vida: imitar o Pai celeste, modelo absoluto de santidade, adequando a Ele nossa mentalidade, inclinações e desejos.
Mas como seremos perfeitos como Deus é perfeito? Por que meio chegaremos até essa suprema perfeição, impossível para nossa débil natureza? Nosso Senhor teria, então, dado um conselho impraticável? Ou seria um exagero didático? Ele poderia ter dito: “Sede perfeitos como Moisés foi perfeito, como Abraão, como Isaac, como Jacó”… manidade, reproduziu em Si a perfeição do Pai, instando-nos a fazer o mesmo.
Com o Batismo nos é infundida a graça santificante– participação na vida divina –, acompanhada das virtudes e dos dons, permitindo-nos realizar ao modo divino aquilo que, pelas meras forças humanas, seria totalmente inatingível. Portanto, não nos contentemos em cumprir só os Mandamentos. Muito mais que isso, devemos querer assemelhar-nos a Nosso Senhor, procurando ser perfeitos como Ele, para atender ao altíssimo convite feito no Sermão da Montanha.
Este é o sentido da jaculatória que encontramos na Ladainha do Sagrado Coração: “Jesus, manso e humilde de Coração, fazei nosso coração semelhante ao vosso!”.