“Por que me consagrar?” Esta é a pergunta que muitos fazem, completando: “Não basta ter fé e rezar?”
Em primeiro lugar, vamos repetir a primeira frase escrita por São Luís Maria Grignion de Montfort em seu Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem: “Foi pela Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por Ela que Ele deve reinar no mundo.”
Ora, se foi por intermédio d’Ela que Ele veio ao mundo e se é por meio d’Ela que Ele deve reinar no mundo, se queremos participar do seu Reino, é d’Ela que devemos nos aproximar, é a Ela que devemos recorrer, é com Ela que devemos contar.
No livro: Fátima, o meu Imaculado Coração triunfará, Monsenhor João S. Clá Dias, fundador dos Arautos do Evangelho, nos lembra que, nas aparições de Fátima, Nossa Senhora não Se dirigiu apenas à geração do início do século XX, mas, sobretudo, às que viriam depois. E nós fazemos parte dessas gerações que viriam depois, portanto, estamos mais próximos do dia em que Nosso Senhor deverá reinar no mundo. E a Consagração a Nossa Senhora é uma forma de nos prepararmos para esse advento.
Ainda citando Monsenhor João Clá, “Deus faz preceder as suas grandes intervenções na História por numerosos e variados sinais. […]quanto mais importante é o acontecimento previsto, tanto maior é a grandeza dos sinais que o precedem, a autoridade dos que o anunciam e o tempo da espera.”
Seguindo este raciocínio, é fácil avaliar a importância das previsões de Fátima, pois quem no-las anunciou não foi um Anjo, nem um grande santo, mas a própria Mãe de Deus. Já naquela época, há mais de um século, os acontecimentos permitiam entrever o que seria a história contemporânea: de um lado, o progresso material quase ilimitado e, de outro, uma decadência de costumes nunca antes vista, somada a guerras e convulsões sociais de proporções apocalípticas.
Hoje nos defrontamos com essas tragédias preditas há um século. E o que devemos fazer? Desanimar diante da aparente vitória do mal e entregar os pontos? Sucumbir ao pecado? Desistir?
Quantas pessoas, na hora da dificuldade, da doença, dos conflitos, rezam, fazem promessas, vão à igreja, mas, quando as coisas parecem readquirir uma aparência de calma e normalidade, começam a relaxar, começam a achar certas práticas pecaminosas não tão erradas assim, que é preciso haver tolerância, se adaptar aos tempos. Logo começam a negligenciar suas práticas religiosas, acham fastidioso rezar o terço, ultrapassado ir à Missa e frequentar os Sacramentos, fogem do confessionário afirmando se confessar diretamente com Deus…
Uma coisa que precisa ficar muito clara é que somos filhos da esperança. Quando Nossa Senhora fez preocupantes revelações em Fátima e em outras aparições reconhecidas pela Igreja, a sua intenção não era nos assustar, mas nos dar um maternal aviso, nos preparar para os castigos que viriam, dos quais poderíamos estar a salvo se seguíssemos os seus conselhos.
O que diferencia um cristão de um homem comum é a certeza da vitória do bem sobre o mal. Todas as predições feitas por Nossa Senhora, ou já se cumpriram ou estão prestes a se cumprir, mas, não é nos castigos, nas tragédias, na violência, na dissolução dos valores e nem nas destruições materiais provocadas pelos fenômenos da natureza que devemos focar. Nossa atenção precisa se direcionar para mais alto: é no triunfo de Nossa Senhora que devemos mirar!
Na terceira parte do Tratado, São Luís Maria Grignion de Montfort apresenta as razões que nos recomendam a Consagração a Nossa Senhora e os efeitos que ela produz, e apresenta as práticas interiores e exteriores necessárias para a Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem.
São Luís afirma que esta devoção:
SAIBA MAIS
O que é a Consagração a Nossa Senhora?
Como é feita a Consagração a Nossa Senhora?
Práticas interiores e exteriores da Consagração a Nossa Senhora