Dionísio sucedeu a São Protásio, em 351, na Sé de Milão. Teve um curto episcopado de quatro anos, durante o qual se celebrizou pela virtude e muito particularmente pela caridade.
Aos arianos, resistiu com imensa coragem, o que lhe valeu o exílio e o título de defensor da fé. No Concílio de Milão, em 355, convocado pelo Papa Libério, o imperador Constâncio, impelido por dois bispos arianos, Valente e Ursácio, tentou, por meio de ameaças, conseguir dos Bispos italianos um decreto contra Atanásio.
O concílio foi presidido pelo Bispo de Cagliari, Lucífero, pelo Padre Pancrácio e o Diácono Hilário, legados do Papa, aos quais se juntou Eusébio, o de Verceuil, concílio que reuniu mais de trezentos Bispos do Ocidente.
Nem a violência, muito menos as ameaças de Constâncio, que se seguiram, conseguiram vencer a firmeza de São Dionísio. Exilado na Capadócia e deixado debaixo da vigilância de bispos arianos, carregado de ferros, o Papa endereçou-lhe meigas felicitações.
Depois que foi degredado, o imperador lhe deu um sucessor, capadociano, que nem sequer o latim conhecia.
São Dionísio faleceu em 361, no exílio, no princípio do reinado de Juliano, o Apóstata, justamente quando este governante concedia autorização de volta às sedes aos Bispos exilados por Constâncio.
O corpo do santo Bispo, transportado para Milão, por um chamado Aurélio, quando Santo Ambrósio já governava a diocese, foi sepultado em Cassano, onde ficou até 1123, ano em que o colocaram na igreja abacial de São Dionísio, que se eigiu em sua honra.
São Carlos Borromeu, transportou-lhe as relíquias para a catedral em 1520.
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(Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume IX, p. 199-200)