Catarina nasceu de pais pobres, Jorge e Bilia, em Racconigi, no Piemonte.
Aos cinco anos, foi consagrada ao Menino Jesus: Nossa Senhora disse-lhe que Jesus lhe queria o coração.
Respondeu:
- Se eu o achar, eu lho darei.
Maria, então, explicou-lhe que dar o coração não implicava uma coisa física, mas sim, fazer tudo para obedecer ao divino Filho e por Ele sofrer.
Pouco depois, Jesus Menino aparecer-lhe-ia, acompanhado dum anjo, de São Jerônimo, de São Pedro de Verona e de Santa Catarina de Siena.
Tendo recebido os estigmas, invisíveis, mas cruéis, foi duramente perseguida pelo demônio, ao qual, todavia, venceu pela ajuda do céu.
Aos vinte anos, recebei o hábito da ordem terceira de São Domingos. Desde então, muito perseguida e caluniada, Satanás entrou a sugerir-lhe o suicídio, como remédio. Catarina, porém, no meio da tribulação, procurando afastar-se do maligno instigador que a queria perder, dizia:
- Eu fui resgatada por Jesus. Ele cuidará de mim. Os Padres da minha ordem não me são indispensáveis. Foi por Deus que eu tomei o hábito, não por eles. Jesus é minha esperança.
É que, caluniada e perseguida, por mal-formados, os dominicanos lhe recusaram o ministério.
Auxiliada por Deus, porém, a tudo venceu, falecendo no exílio, porque a degredaram. Era em Caramagno, em 1547, estava com mais de sessenta anos, e foi enterrada em Garessio.
Teve o culto confirmado em 1810, culto pelo qual, sem descanso, batalhou o bispo de Saluces, João Juvenal Ancina. (Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume XVI, p. 36-37)