Dagoberto II era filho do rei da Austrásia Sigeberto III, que seu pai Dagoberto I instalara como rei em 634. Nascido de Sigeberto III e da rainha Himechilda, foi deposto por Grimoaldo, um prefeito de palácio, que elevou ao trono o próprio filho, conhecido como o pseudo, Childeberto III.
O bispo de Poitiers, Didon, foi encarregado por Grimoaldo de levar Dagoberto, exilando-o, pois, para a Irlanda. Ali, esquecido, o rei viveu cerca de vinte anos. Morto Childeberto III, em 622, assumiu o poder um filho de Clóvis II e de Batilda, o rei Childerico II, que foi assassinado em 675.
Wilfrido, metropolitano de York, então a pedido dos grandes da Austrásia, foi encarregado de trazer o rei Dagoberto II de volta.
Acolhido muito bem por todos os súditos, esperava-o, porém, vários inimigos, entre os quais Ebroíno, maire de Neustria.
Assassinado a 23 de dezembro de 679, na floresta de Woevre, Dagoberto foi sepultado em Stenay. Querido do povo, passou a ser venerado como mártir, vítima que fora da brutalidade dos poderosos. Lucraram com o morte do santo rei os prefeitos de palácio, principalmente Ebroíno, de Neustria, e Pepino, da Austrásia, que se apressou em tomar o poder. (Vida de Santos, Padre Rohrbacher, Volume XXI, p. 396-397)