Santa Escolástica foi irmã de São Bento, não imitando somente sua santidade, mas até mesmo seu estilo de vida, pois assim era sua vocação. Por eras, chamamos as filhas de Santa Escolástica de Beneditinas, com seus mosteiros e regra semelhantes a do irmão.
Infelizmente, a vida da santa foi pouca documentada, limitada apenas a narração de um papa também santo, São Gregório Magno, que escreveu sobre a vida de São Bento, nos apresentando trechos da vida de Escolástica.
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Hoje vamos fazer um paralelo de algumas mulheres que foram apresentadas pelas Sagradas Escrituras, bem como alguns trechos revelados pelo Espírito Santo, que realçam as virtudes da irmã gêmea do fundador dos beneditinos.
"E agora, minha filha, não tenhas medo: farei por ti tudo o que disseres, pois toda a comunidade de meu povo sabe que és uma mulher virtuosa." (Rt 3, 11).
Rute foi uma estrangeira que, amando tanto ao povo judeu, povo da promessa, se colocou com gratidão e amor ao serviço de sua sogra, vindo a casar novamente com um santo homem, chamado Boaz. Gerou, assim, aquele que viria a ser o avô do Rei Davi.
Santa Escolástica, tal qual Rute, amou a promessa de Deus, aquela que estava no Evangelho: “Eu serei vossa recompensa demasiadamente grande”, aceitou se tornar esposa do Senhor, gerando, de seu coração, todo tipo de virtudes e dons, entre eles uma caridade ardente.
“Reveste-se de força e dignidade; sorri diante do futuro. Fala com sabedoria e ensina com amor”. (Pr 31, 25-26)
Santa Escolástica foi a primeira das mulheres que congregou diante de si outras monjas que queriam se consagrar totalmente ao senhor. Seus ensinamentos, sua convivência, sua determinação em seguir as leis do Senhor eram suas joias e dignidades. Sem ela ter isso claro, o futuro todo lembraria suas honras e virtudes.
“Não é o cabelo extravagante, joias de ouro, ou roupas finas que deve torná-la bonita. Não, a sua beleza deve vir de dentro de você – a beleza de um espírito manso e tranquilo. Essa beleza nunca vai desaparecer e vale muito a pena muito para Deus.” (1 Pe 3, 3-4).
Essa descrição do apóstolo Pedro exemplifica o ideal de Santa Escolástica. Desde cedo, desde a morte dos pais, ela se despiu das vestes ornamentais que usava por sua família possuir uma certa riqueza, e vivia quase que em um retiro dentro de sua própria casa.
Tomando então o hábito religioso das mãos do irmão, deixou ainda mais de lado qualquer aparência ou vaidade. Santa Escolástica esvaziou-se das coisas do mundo para poder ser preenchida de Deus, e irradiar ainda mais a beleza mansa e humilde de uma filha do Senhor.
"Que igualmente as mulheres sejam dignas, não maldizentes, mas sóbrias e fiéis em tudo." (1 Tm 3,11).
Neste versículo do grande apóstolo, São Paulo, percebemos o cuidado com que o homem de fogo geria as comunidades que fundava. Ele sabia que o mulher santa sustenta e edifica toda uma assembleia. Por isso, queria das moças uma conduta onde não houvesse vícios, que enfeiam a alma do ser humano.
Santa Escolástica, se tinha um apego, era estar com seu irmão, mas por amor a Deus. Não é à toa que, pedindo um tempo a mais para rezar com São Bento, Deus a tenha ouvido.
Assim, cumprindo em si todas as lindas lições que a Sagrada Escritura nos conta sobre a mulher forte, a mulher sábia, Santa Escolástica reluz hoje no Céu ao lado do irmão, louvando juntos a Deus Todo-poderoso.