Fale conosco
 
 
Receba nossos boletins
 
 
 
Santo do Dia


Santo do Dia


São Pascoal de Bailão e os frutos eucarísticos - Data: 16 de Maio 2022
 
 
Decrease Increase
Texto
Solo lectura
0
0
 
Buscar por dia

Navegue no Calendário Litúrgico ao lado e saiba mais sobre os santos de cada dia.
 

O Teólogo da Eucaristia

Há santos que representam tudo aquilo que temos mais receio para a nossa vida: pobreza, analfabetismo, pouca prospecção de vida. Não estão ali porque acham justo para si, ou porque o mundo é equilibrado; infelizmente, é uma sociedade desordenada a que vivemos. Porém, no que lhes concerne, são exemplos de heroísmo e docilidade. São Pascoal de Bailão é um desses santos.

Vida de pastor

São Pascoal nasceu em uma família pobre, no ano de 1540, que pastoreava ovelhas por aluguel. Desde cedo, para complementar a renda de sua família, foi aos campos para exercer a função de pastor. Não teve acesso às artes ou a cultura, mas, ao viver cercado da natureza, aprendeu a ler no livro da criação as citações de Deus. Encantava-se com os animais pequenos que encontrava no caminho, assombrava-se da docilidade das ovelhas para consigo, seu pastor, a modo da linda parábola contada por Jesus, muitos anos atrás, na Galileia. O que seu pai e sua mãe lhe transmitiram, frutificou cem vezes mais: sua vida de oração era ardente e eficaz.

Tanto amor, mesmo tendo tão poucos bens, lhe garantiu do Senhor um ilustre professor: alguns autores comentam que um Anjo lhe ensinou a ler e a escrever, enquanto outros dizem que chegou a isso por autodidática; no fim, foi seu amor a Deus que lhe franqueou o acesso à cultura.

Quando se tornou maior, já com seus vinte anos, acercava-se da propriedade dos monges no pastoreio, pois desejava, de todo seu coração, ser religioso. Quando percebeu que a igreja sempre estivera de braços abertos para o acolher, aceitou sem titubear. Tornou-se irmão leigo dos Franciscanos, calçando suas sandálias e amarrando seu cordão na cintura.

Nova fase da vida de São Pascoal de Bailão

Na vida de clausura, o irmão Pascoal era de uma caridade sem medidas. Doava-se constantemente em favor dos irmãos, mas sua paixão era, sem dúvidas, ficar diante do sacrário. Sua devoção eucarística era terna e total. Pela Eucaristia, certa vez, defendeu-a com argumentos teológicos altíssimos contra um blasfemador que viera lhe fazer zombarias. Tal foi a lógica e a profundidade de seu discurso que o zombeteiro saiu sem palavras. E os irmãos que acompanhavam São Pascoal de Bailão ficaram maravilhados, pois sabiam que ele nunca havia estudado tais falas. Jesus Eucarístico, aquele que é a Sabedoria Encarnada, o comunicara por suas insistentes visitas à capela, diziam.

Logo a fama de São Pascoal alcançou proporções desmedidas. Pessoas, de todas as classes sociais, vinham se prostrar a seus pés, pedindo que ele intercedesse por elas. O irmão Pascoal ficava envergonhado por ver suntuosos senhores de terras o admirando tanto. Ele, como todo santo, tinha bem a perspectiva de seu nada e das maravilhas que o Senhor fizera nele, sempre, assim, remetendo todo e qualquer elogio ao seu Deus.

São Pascoal de Bailão, transbordando de amor eucarístico, consignou seus divinos saberes aprendidos da Santíssima Fonte em escritos, que lhe valeram para alcunha-lo, após sua morte, de “teólogo da Eucaristia”. De pastor iletrado a famoso escritor, esse foi o grande irmão Pascoal.

Sua morte, imputada muito pelas severas penitências que fizera durante a vida, foi em 17 de maio de 1592. Com 53 anos, este anjo eucarístico se elevou aos Céus, pronto para adorar a Cristo novamente, mas agora sem véus. Conta-se, inclusive, em suas atas de canonização, que São Pascoal de Bailão teria aberto seus olhos em sua Missa de corpo presente, na elevação do pão e do cálice, na consagração. Foi seu último ato de devoção ainda em terra.

Além e por cima das situações

O cristão é um batalhador nato; ele luta por fazer da terra um lugar mais parecido com o Paraíso Celeste. É isto que pede no Pai-nosso: “venha a nós o vosso reino, seja feita vossa vontade, assim na Terra como no Céu”.

Porém, nunca, em nenhuma situação em que o cristão se encontre, ele achará desculpas para não ser melhor. O verdadeiro católico, como São Pascoal de Bailão, não se lamuria pelas suas condições, pois ele sabe que Deus é seu sustento, esteja onde estiver.

Que sejamos tão frutuosos como o irmão Pascoal foi, apesar dos pesares, das condições que nos encontremos.

Cf. Vida de São Pascoal Bailão - IJF (institutojacksondefigueiredo.org)
 
Comentários