Fale conosco
 
 
Receba nossos boletins
 
 
 
Santo do Dia


Santo do Dia


São Maurício e a legião Tebana - Data: 21 de Setembro 2022
 
 
Decrease Increase
Texto
Solo lectura
0
0
 
Buscar por dia

Navegue no Calendário Litúrgico ao lado e saiba mais sobre os santos de cada dia.
 
Escolha o santo deste dia

Em luta pelo Senhor do Universo, o Rei dos Reis

São Maurício e a legião tebanaNão foi São Sebastião o único guerreiro que derramou o sangue pela fé. Na mesma época, sob Diocleciano e Maximiano, houve uma legião inteira de mártires. Foi a legião tebana. Tendo-a mandado vir do Oriente, Diocleciano recebeu-a em Roma e deu-lhe ordens para reunir-se a Maximiano, que marchava contra os bagodos, povos insurretos da Gália belga. Mas o Papa São Casus fez a essa legião outras recomendações mais importantes; pois era inteiramente composta de cristãos. Bem depressa tiveram oportunidade de pôr em prática as recomendações do Pontífice.

Ordem ímpia recusada pela legião Tebana

Como Maximiano quisesse utilizá-los na perseguição de cristãos, como costumava fazer com outros soldados, eles se recusaram a obedecer-lhe. O imperador detivera-se nos Alpes, num lugar chamado Octodura, hoje Martinac de Valais, a fim de refazer-se das fadigas da viagem.

A legião Tebana encontrava-se a pequena distância, em Agaune, ao sopé da montanha hoje chamada São Bernardo. Irritado com esse ato de desobediência, Maximiano ordenou que a legião fosse dizimada, e reiterou suas ordens no sentido de obrigar os sobreviventes a perseguirem os cristãos. Ao receberem essa ordem pela segunda vez, os soldados tebanos puseram-se a clamar que prefeririam sofrer qualquer espécie de castigo a fazer a mínima coisa contrária a religião cristã. Maximiano mandou fossem novamente dizimados e os sobreviventes obrigados a obedecer. Mais uma décima parte da legião foi sacrificada, de acordo com a sorte; porém, os restantes se exortaram reciprocamente a perseverarem na confissão.

Encorajavam-nos, sobretudo, três oficiais-generais, Maurício, Exupério e Cândido, que lhes propunham o exemplo dos companheiros, aos quais o martírio já conduzira ao céu. Aconselhados por eles, os tebanos enviaram uma representação ao Imperador, cuja substância era a seguinte: "Somos vossos soldados, é verdade; mas também, espontaneamente o confessamos, somos servidores de Deus. Devemos a vós serviço da guerra, e a Ele a inocência; recebemos de vós o salário, e Ele nos deu a vida. Não podemos seguir vossas ordens, se nos levarem a renegar Deus, nosso Criador e nosso Senhor, e também o vosso, queirais ou não. Se não ordenardes coisa alguma que possa ofendê-lo, nós vos obedeceremos, como fizemos até agora; em caso contrário, a ele obedeceremos, de preferência. Nós vos oferecemos nossos braços contra qualquer inimigo; mas consideramos crime mergulhá-los no sangue inocente. Empunhamos armas a favor de nossos concidadãos e não contra eles".

"Juramo-vos fidelidade; antes disso, porém, juramos fidelidade a Deus: como podeis confiar no segundo juramente, caso violarmos o primeiro? Exigis que procuremos cristãos para supliciá-los? Não tendes necessidade de procurá-los: aqui estamos, confessando Deus, o Pai, Criador de todas as coisas, e seu Filho, Jesus Cristo, que é com Ele um mesmo Deus. Vimos nossos companheiros serem degolados e não os lamentamos; regozijamo-nos pela glória que lhes coube de sofrer por seu Deus e Senhor. Nem essa violência, nem o desespero hão de levar-nos à revolta: temos armas nas mãos e nos revestimos, pois preferimos morrer inocentes a viver culpados. O fogo, os tormentos, a espada, tudo estamos dispostos a enfrentar; mas, cristãos, não podemos perseguir cristãos."

Martírio de fiéis soldados cristãos

Exasperado pela impotência diante de tanta firmeza, Maximiano ordenou que todos os tebanos fossem mortos, e deu ordens para que as tropas avançassem e os envolvessem, chacinando-os depois. Não ofereceram a menor resistência: baixaram as armas e apresentavam o pescoço aos perseguidores. O solo ficou juncado de cadáveres; correram rios de sangue. Acredita-se que o número dos soldados tebanos se elevava a seis mil e seiscentos, pois de tanto se compunham geralmente as legiões.

Um veterano, chamado Vítor, que não pertencia àquela legião, e não mais servia, ao seguir seu caminho, viu-se diante dos que haviam trucidado os mártires, e que se regozijavam, enquanto lhes compartilhavam os despojos. Convidaram o recém-chegado a comer em companhia deles e depois lhe indagaram se também era cristão. Vítor respondeu que era, e que sempre o seria: imediatamente investiram contra ele e o mataram. Outros soldados da mesma legião, foram mortos alhures.

 
Comentários