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Dom de piedade: como respeitar minha fé?
 
AUTOR: REDAÇÃO
 
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O dom da piedade faz de nós verdadeiros católicos

Quando falamos dos sete dons do Espírito Santo, pudemos comprovar que o dom da piedade e do temor de Deus estão correlacionados. Enquanto o temor de Deus nos enche de respeito por um Senhor que nos deu tanto e nos pede tão pouco, o dom da piedade nos faz praticar com consciência o pedido que Cristo nos fez: “sede perfeitos como Vosso Pai Celeste é perfeito”. Mas como se dá isso na prática da religião cristã, na obediência à Santa Igreja, seu Corpo Místico?

Só podemos ser perfeitos com o auxílio de Cristo

É evidente, para o leitor da Santa Bíblia, que Jesus, ao vir ao mundo, elevou a Lei ao seu mais alto patamar. Ele restaurou o que havia ainda de bondade no Antigo Testamento, fruto das práticas de um povo antigo e bárbaro, um tanto selvagem, e a sublimou: assim, o que antes era: “amai a vosso próximo como a si mesmo”, hoje se transforma na expressão de Cristo: “amai-vos como Eu vos amei”.

Por isso, não pode haver compreensão do Antigo Testamento sem o Novo. Cristo é o centro, a pedra angular na qual toda a Lei antiga se encaixa para formar a nova e perfeita. Com ele, podemos alcançar sim a perfeição da prática da Lei, pois Ele não só nos deu a possibilidade para isso, através da graça, como também manifestou o conhecimento para esta prática.

Mas esta lei não foi dada sem um promulgador. Quando pergunta a Pedro quem dizia ser Ele, à resposta do seu discípulo, profere: “Pedro, tu és pedra, e sobre esta pedra construirei minha Igreja, e as portas do inferno não a derrubarão”. Assim, é claro a quem Cristo deu o direito de conferir, coordenar e promulgar sua nova Lei: a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, a qual está edificada em torno da pessoa do Papa, o Vigário de Cristo.

Por isso, levando às últimas consequências as palavras de Cristo, podemos dizer que a Igreja é a instituição salvífica por excelência. Nas palavras da Constituição Dogmática Lumen Gentium, do Concílio Vaticano II: “a Igreja, em Cristo, é como que o sacramento, ou sinal, e o instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o género humano”.

No respeito à Igreja, temos a centralidade do dom da piedade

Se o dom da piedade é uma moção interna que nos leva a respeitar com fé a religião cristã, a centralidade deste mesmo dom é o respeito à Igreja Católica, sua constituição, seus ministros e sua estrutura.

Em seus dons, o Espírito Santo nos comunica a verdadeira piedade

É por isso que o dom da piedade nos leva a cumprir, com perfeição, o terceiro mandamento da Lei de Deus: Guardar domingos e festas; nos leva a estar atentos à Sagrada Liturgia, à Sagrada Celebração dos sacramentos. É por este dom que respeitamos também os mistérios de Deus, explicitados com tanto carinho por sua Igreja, e os santos dogmas instituídos, não como uma imposição, mas como uma bússola. Por eles, nosso pensamento é guiado, auxiliado, expressado com segurança.

Outras práticas também favorecidas pelo dom da piedade: o culto aos santos e à Virgem Maria; a devoção aos dias santos da Páscoa e do Natal, o empenho na conversão constante através dos sacramentos, o respeito pelos sagrados ministros e pelas sagradas alfaiais, que é como são chamados os materiais que são utilizados nas celebrações da Igreja: cálice, paramentos que revestem o padre, etc.

A fé cristã, por isso, é respeitada quando amamos e estimulamos o amor à Santa Igreja. Afinal, a Igreja, Esposa do Espírito Santo, não podia deixar de ser reverenciada por Ele. Peçamos ao Espírito da Verdade que nos dê todo amor e devoção à Igreja Católica, auge e centralidade do dom de piedade.

 
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