São João Clímaco nasceu por volta dos anos 575 a 580, num momento de convulsão social: a penetração dos bárbaros no Império Romano Oriental era cada vez maior, impossibilitando uma vida de paz e tranquilidade.
Assim, os olhares de todos procuravam um objeto sobre o qual deter sua atenção. São João Clímaco se tornou esta referência, pois sua abstinência e constante desapego pelos bens temporais foram a escola perfeita para um tempo de guerras.
Seu nome, Clímaco, vem de sua obra “Escada de 30 degraus para a perfeição moral”. (Escada em grego é Klimax). Neste livro, ele dá uma visão pormenorizada sobre a contemplação, a oração, a meditação e a penitência.
É claro que São João Clímaco não deixava de cumprir o que ele próprio um dia propôs. Primeiro, ainda novo, ele se isolou junto a uma pequena comunidade no Monte Sinai, onde meditava e se dedicava à vida religiosa.
Quando, porém, seu superior faleceu, João tomou como um aviso para si mesmo: transportou-se ainda mais para solidão. Trancou-se em uma cela, onde só sai aos domingos, para receber a comunhão e assistir à Santa Missa. Não comeu mais carne, seja ela branca ou vermelha.
Conhecendo São Gregório Magno, papa valorosíssimo, este soube aplicar bem sua ação de santidade na comunidade onde vivia: ordenou-o bispo com setenta anos de idade, e lhe deu a incumbência de reger a vida no Monte Sinai. Construiu hospitais por toda a região da Arábia e Palestina.
Os escritos narram que faleceu por volta do ano de 650, tendo passado os últimos quatro em total solidão e retirado de suas obrigações episcopais. Foi nessa época que escreveu a obra “a Escada”, sendo conhecido por tal somente após sua morte.