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10 conselhos de São João Clímaco - Data: 29 de Março 2022
 
 
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São João Clímaco nasceu por volta dos anos 575 a 580, num momento de convulsão social: a penetração dos bárbaros no Império Romano Oriental era cada vez maior, impossibilitando uma vida de paz e tranquilidade.

Assim, os olhares de todos procuravam um objeto sobre o qual deter sua atenção. São João Clímaco se tornou esta referência, pois sua abstinência e constante desapego pelos bens temporais foram a escola perfeita para um tempo de guerras.

Seu nome, Clímaco, vem de sua obra “Escada de 30 degraus para a perfeição moral”. (Escada em grego é Klimax). Neste livro, ele dá uma visão pormenorizada sobre a contemplação, a oração, a meditação e a penitência.

Vida e ação eremítica

É claro que São João Clímaco não deixava de cumprir o que ele próprio um dia propôs. Primeiro, ainda novo, ele se isolou junto a uma pequena comunidade no Monte Sinai, onde meditava e se dedicava à vida religiosa.

Quando, porém, seu superior faleceu, João tomou como um aviso para si mesmo: transportou-se ainda mais para solidão. Trancou-se em uma cela, onde só sai aos domingos, para receber a comunhão e assistir à Santa Missa. Não comeu mais carne, seja ela branca ou vermelha.

Conhecendo São Gregório Magno, papa valorosíssimo, este soube aplicar bem sua ação de santidade na comunidade onde vivia: ordenou-o bispo com setenta anos de idade, e lhe deu a incumbência de reger a vida no Monte Sinai. Construiu hospitais por toda a região da Arábia e Palestina.

Os escritos narram que faleceu por volta do ano de 650, tendo passado os últimos quatro em total solidão e retirado de suas obrigações episcopais. Foi nessa época que escreveu a obra “a Escada”, sendo conhecido por tal somente após sua morte.

Dez conselhos de São João Clímaco

  1. Que vossa oração ignore toda multiplicidade: uma única palavra bastou ao Publicano e ao filho pródigo para obter o perdão.
  2. Quem quer apresentar a Deus um espírito purificado, e se deixa perturbar pelas preocupações, assemelha-se a alguém que tivesse entravado fortemente as pernas e pretendesse correr.
  3. É grande a utilidade da leitura para esclarecer e recolher o espírito.
  4. Procurai vossas luzes sobre a ciência da santidade, mais nos trabalhos do que nos livros.
  5. O monge que vela é um pescador de pensamentos; sabe distingui-los sem dificuldade, na calma da noite, e apanha-los.
  6. Nada de rebuscamento nas palavras de vossa oração: quantas vezes os balbucios simples e monótonos das crianças fazem o pai ceder!
  7. Não vos entregueis a longos discursos, para que vosso espírito não se dissipe na procura das palavras.
  8. Ressuscitados do amor pelo mundo e pelos prazeres, afastai as preocupações, despojai-vos dos pensamentos, renunciai ao corpo, uma vez que a oração nada mais é que um exílio do mundo visível e invisível.
  9. Não se aprende a ver; é um efeito da natureza. A beleza da oração também não se aprende através do ensinamento. Ela tem em si própria o seu mestre; Deus, "que ensina ao homem o saber" (Sl 94,10), dá a oração e abençoa os anos dos justos.
  10. Quando vos tiverdes revestido da doçura da ausência de ira, não vos será mais muito custoso libertar vosso espírito do cativeiro.
Cf. Santos, Beatos, Veneráveis e Servos de Deus: SÃO JOÃO CLÍMACO, Bispo e Eremita, mestre de oração e vida espiritual. (santosebeatoscatolicos.com)
 
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