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Santo do Dia


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As visões de Santa Francisca Romana - Data: 08 de Março 2022
 
 
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Ó Deus todo-poderoso, que aprendamos com Santa Francisca Romana a buscar-vos sempre e acima de tudo, e a viver neste mundo a vida nova do cristão.

Santa Francisca, a mais Romana entre os Santas, foi uma mãe excelente, esposa consciente de suas funções e dignidade, superiora fervorosa e uma santa fundadora. Tendo nascido em 1384, pôs-se a descansar no Senhor no ano de 1440.

Clique aqui para ler mais sobre a vida de Santa Francisca Romana.

Além disso, por dez anos de sua vida, a santa matriarca viu os santos lugares com acuidade, relatando o que seus olhos lhe informavam.

De certo modo, podemos dizer que foi uma santa angélica, pois seu contato com os espirituais seres foi constante.

Vamos conhecer um pouco mais deles com base nas visões de Santa Francisca.

Purgatório e Céu: itinerário para a glória

“Em nome da Santíssima Trindade começo o Tratado do Purgatório, descrevendo todos os locais onde esta humilde serva de Cristo esteve conduzida pelo Arcanjo Rafael”.

No contato com São Rafael, Santa Francisca peregrinará pelo itinerário da alma que se salva após a morte. Selecionamos apenas alguns trechos que mostram sua caminhada.

“Do Lugar Médio do Purgatório, cumprida as suas penas, as almas são conduzidas pelos Anjos ao Lugar Superior”.

Segundo a santa, o purgatório tem três estágios: o inferior, para almas que pecaram mais e mais gravemente; o médio e o superior, que são habitados em grau da sentença a ser cumprida.

“Ele ordena as almas a ficar sempre com a parte superior da cabeça naquela corrente de água, e de repente o próprio Anjo as mergulha totalmente na correnteza, a fim de limpar o restante do mal existente”.

Parece assim, que o purgatório superior é mais suave em relação às penas dos lugares mais baixos, e que a alma tem a esperança radiante de se aproximar do Trono Celeste.

“Assim em seu cantar eles são suaves e com lindas melodias sempre louvam e bendizem o misericordiosíssimo Senhor por suas graças”.

Aqui já descreve Santa Francisca a beleza do próximo passo: agora purificada, a alma adentra no Céu e se depara com as maravilhas do Paraíso.

"É incontável o número de Anjos. Logo depois fui conduzida a outra luz maior, na qual estavam também muitos espíritos angélicos”.

“Não estava habituado a uma luz tão intensa, semelhante à luz solar, isto por que todos brilhavam com magnificência, cheios de luz, transparentes embora visíveis, e eram brilhantes e ardorosos”.

Os anjos brilham com a luz das estrelas! Eternas sublimidades para quem se salva!

Inferno nas visões de Santa Francisca Romana

“A terça parte dos anjos caiu em pecado, as outras duas partes perseveraram na graça”.

Santa Francisca, assim, dá respaldo às passagens bíblicas do Apocalipse, onde se narra a queda de um terço das estrelas do Céu, varridas pela cauda do terrível dragão.

“O príncipe e chefe de todos os demônios é Lúcifer, ligado ao fundo do abismo, encarregado pela divina Justiça de punir os demônios e os condenados. Caindo do mais elevado dos coros angélicos, os serafins, tornou-se o pior dos demônios e condenados. Seu vício característico é o orgulho”.

Lúcifer era dos mais altos entre os anjos, possuía mais conhecimento, com isso, mais capacidade de amar. Quando se perverteu, sua potência de amor preencheu-se de completo ódio, e, por isso, ele é o demônio que mais odeia a Deus

“Abaixo dele estão três outros príncipes: o primeiro, Asmodeu, tem o vício da carne como característica e foi chefe dos querubins. O segundo é chamado Mamon, caracteriza-o o vício da avareza e foi do coro dos tronos. O terceiro, chamado Belzebu, que foi dos coros das dominações, caracterizando-o a idolatria, o sortilégio e encantamentos”.

Nas visões de Santa Francisca sobre o inferno, então, encontramos esta nefasta hierarquia: orgulho, sensualidade, avareza e idolatria. Geralmente, este é o percurso da alma pecadora.

Primeiro pôr-se em revolta contra aquele que a criou; depois, entrega-se a todos os prazeres, sem limite; em seguida o egoísmo e a falta de generosidade no convívio com o próximo e, por último, a devassidão em qualquer prática, seja ela a adoração a entidades ou objetos sem vida.

Que Santa Francisca, que teve tantas revelações, nos proteja e nos guie ao Céu.

Cf. ROHRBACHER, René François. Histoire universelle de l’Église Catholique. Vol. XXI. Paris: Gaume Frères et J. Duprey – Libraires-éditeurs, 1858.
 
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