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Santo do Dia


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Beata Ana de São Bartolomeu, Virgem - Data: 07 de Junho 2019
 
 
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Ana de São Bartolomeu foi companheira inseparável e confidente de Santa Teresa de Ávila, que morreu em seus braços.
Nascida a 1 de Outubro de 1549, em Almendral, aldeia pertencente à diocese de Ávila, na Velha Castela, era filha de ricos lavradores, modelos de vida cristã, caridosos para com a pobreza e altamente piedosos.

Órfã aos dez anos, para ganhar a vida fez-se pastora, o que a impediu de estudar. Embora os irmãos se opusessem, BEATA ANA DE S?O BARTOLOMEU_1.jpgAna, aos 2 de Novembro de 1570, procurou o convento das carmelitas descalças, que Santa Teresa fundara em Ávila. Prmeira postulante conversa, Ana foi humilde, profundamente humilde, obedientíssima e serviçal. E a afeição que se estabeleceu entre Ana de São Bartolomeu e Santa Teresa foi rápida e profunda, afeição que havia de durar até a morte, sem que jamais sofresse o mínimo declínio.

Ana principiou a profissão a 15 de Agosto de 1570. Pouco depois, teve uma visão, na qual Nosso Senhor lhe mostrou as devastações que o calvinismo fazia na França. Sequiosa de salvar almas, impressionada, entrou a praticar severas mortificações.

No Natal de 1577, Deus concedeu-lhe uma grande delicadeza: Santa Teresa quebrara o braço, e Ana, desolada por ver a Mãe impossibilitada de responder a imensa correspondência, trabalho estafante que era, obteve, miraculosamente, a graça de saber escrever; desde aquela época, tronou-se secretária oficial da santa fundadora. E, de 1579 a 1582, ano em que Santa Teresa desapareceu, foi companheira inseparável nas viagens que a venerável Santa teve que empreender, no curso dos trabalhos que exigia o estabelecimento da reforma do Carmelo.

"As vezes, escreveu a bem-aventura Ana de São Bartolomeu, ela viajava dias inteiros sob a chuva e a neve, não encontrando aldeia alguma por muitas e muitas léguas, não fazendo outra coisa senão tremer até os ossos. À noite, nas hospedarias, não havia fogo, nem meios de o entreter, nem coisa alguma para comer. Os alojamentos eram tais que, das camas, podia-se perceber o céu, e a chuva caía cômodo a dentro, Muitas vezes, o hábito da Santa Mãe encontrava-se gelado" ...

Acabada por duros trabalhos, pelos adversários, pelas próprias filhas, faleceu Santa Teresa no mosteiro de Alba, a 15 de Outubro de 1582, nos braços da filha bem-amada, que jamais lhe negou amais terna afeição.

Considerada a herdeira espiritual da santa fundadora, Ana exerceu no Carmelo uma profunda influência. O Carmelo reformado, foi Ana enviada a Madri, depois à fundação de Ocaña, na região de Toledo.

Ali, Nosso Senhor revelou-lhe, pela primeira vez, o desejo de que fosse para a França, então assolada pelo protestantismo. Na França, quando se dirigiu às religiosas, falou-lhes na língua natal, porque só conhecia a língua materna, mas todas a entenderam perfeitamente, como se tivesse expressado no melhor francês: era o milagre do Pentecostes que se renovava. E Ana de São Bartolomeu exprimia-se tão apropriadamente que ninguém duvidava de que o Espírito Santo estivesse falando por sua boca.

BEATA ANA DE S?O BARTOLOMEU_2............jpgFundadora do mosteiro de Tours, depois de ter sido priora de Paris, sofreu toda sorte de opressão. Invencível, porém sempre confiando em Deus, continuou a combater para manter a reforma francesa no espírito de Santa Teresa.

Vencida, que a luta fora desigual, tomou o caminho da Bélgica, refugiando-se no mosteiro de Mons. Escolhida, pouco mais tarde, para governar o mosteiro de Anvers, fundado pelo arquiduque Alberto e a arquiduquesa Isabel, ali encontrou verdadeiro paraíso na terra.

"Deus, escreveria depois, ali, concedeu-me uma paz e uma consolação inefáveis. Minha oração era mais intensa e mais eficaz. Era mais ardorosa pelo ofício divino que na minha juventude".

Humilde, mais do que fora, no convento exercia os ofícios mais pequenos. E as mais altas personalidades do tempo, contritas, procuravam-na para aconselhar-se. Henrique IV venerava-a, e Maria de Médicis e a infanta Isabel amavam-na sobremodo.

Quando o arquiduque Carlos partiu para a expedição de Breda, foi vê-la, com a bem-aventurada palestrando durante muitas horas.

Suportando com imensa paciência as enfermidades todas que a acometeram no fim da vida, cruéis, faleceu santamente no dia 7 de Junho de 1626, na festa da Santa Trindade, com setenta e seis anos, sendo enterrada no Carmelo de Anvers. Bento XV beatificou-a no dia 6 de Maio de 1917. (Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume X, p. 138 à 141)

 
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