BEATO ADRIANO FORTESCUE, Mártir
Originário da Inglaterra, do Devon, Adriano pertenceu à velha família tradicional. Era, pelo lado materno, primo de Ana Bolena.
Moço, casou-se com Ana Stonor de Stonor, a qual lhe deu duas filhas. Viúvo, doze anos depois da morte de Ana, Rede de Boarstall, da qual lhe nasceram três filhos. Adriano Fortescue teve arroubos de aventureiro. Na França, combateu em 1513 e em 1523.
Inscrito entre os terciários dominicanos, fazia também o bem-aventurado parte dos cavaleiros de São João de Jerusalém, ou da ordem de Malta.
Com o tempo, Sir Adriano foi-se tornando sossegado e contemplativo, circunspecto e de pouco falar. Jazia neste estado de espírito quando ocorreu o conflito entre Henrique VIII e Roma.
Tendo tomado atitude contrária ao rei, foi preso. Era a 29 de Agosto de 1534, mas, na primavera do ano seguinte, conseguiria a liberdade.
No ano de 1539, em fevereiro, prenderam-no de novo, e foi enviado para a temida Torre de Londres como traidor e sedicioso. No cárcere, encontrou grandes homens, grandes companheiros: o Cardeal Pole, Tomás Goldwell e o franciscano Guilherme Peto.
Pole morreu na Inglaterra. Goldwell acabou os dias no exílio. Peto, como cardeal, igualmente findou-se no degredo. Adriano Fortescue, ao mesmo tempo que o bem-aventurado Tomás Dingley, foi decapitado no dia 8 ou 9 de Julho de 1539.
Honram-no com um culto os cavaleiros de Malta. Leão XIII beatificou-o em 1895. (Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume XII, p. 325-326)
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SANTA VERÔNICA GIULIANI, Virgem
Verônica nasceu aos 27 de Dezembro de 1660 em Mercatello, no ducado de Urbino. Era filha de Francisco Giuliani e de Benedita Mancini, Batizada no segundo dia de vida, recebeu o nome de Úrsula.
Em 1677, no dia 28 de Outubro, em Cittá di Castello, na Úmbria, foi admitida entre as clarissas tomando-lhes o hábito. Levando vida austera, penitente, de longos jejuns, irmã Verônica principiou a palmilhar a via que leva ao céu. Manifestando uma particular devoção para a Paixão de Nosso Senhor, a santa virgem tudo fazia para, em si mesma, renovar os sofrimentos que o divino Salvador experimentou.
Assim, em 1693, de Jesus recebeu a coroa de espinhos, e, em 1697, numa sexta-feira santa, quando contemplava as chagas do divino Crucificado, viu sair raios que, transformando-se em lança e cravos, imprimiram-lhe os estigmas. Desde então, viveu como que escondida, até 1716, quando foi eleita abadessa.
Pouco depois, Maria Santíssima apareceu-lhe, falou-lhe:
- Não olhes o passado nem o futuro. Governa a comunidade com amor e por amor, sem a influência humana e a procura de ti, mas com Deus, em Deus, para Deus.
Depois disso, ocorreu o período de ouro no mosteiro, tanto espiritual como material.
Falecida em 1727, aos 9 de Julho, vitimada pela apoplexia, que a atacou aos 6 de Junho, as chagas das mãos e dos pés foram constatadas ainda depois da morte, e o coração aberto de lada a lado, foi enterrado separadamente, com um pergaminho, onde se liam os termos da autópsia. Beatificada em 1804, canonizada em 1839. (Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume XII, p. 323-324)