O bem-aventurado Agnelo de Pisa nascido em Pisa em 1194, foi admitido à ordem dos irmãos menores por São Francisco, quando o pobrezinho de Assis passou por Veneza.
Em 1223, o mesmo São Francisco designou-o para ir à Inglaterra, na qualidade de primeiro ministro provincial. Foi considerável a influência deste franciscano entre os ingleses: Henrique III fê-lo seu conselheiro.
Diz Johannes Joergensen no seu São Francisco de Assis, Sua Vida e Sua Obra, uma das biografias mais bem escritas, mais altamente pensadas, e mais solidamente documentadas daquele Poverello descalço de Assis:
"Devemos voltar ao desenvolvimento científico da Ordem. Este desenvolvimento redobrou de intensidade quando, sem Setembro de 1224, os franciscanos chegaram à Inglaterra. A missão vinha da França, e tinha à frente Agnelo de Pisa, que tinha sido custódio em Paris. Os frades pararam primeiro em Cantorbéry, mas, já desde 1 de Novembro de 1224, haviam passado a Oxford. Aí grande número de estudantes e de candidatos da célebre universidade uniu-se a eles; e em nenhum outro lugar os estudos progrediram mais do que entre os frades ingleses.
Ao mesmo tempo observavam rigorosamente o voto de pobreza franciscana; e também a alegria franciscana reinava entre eles. Riam alegremente quando se encontravam, e também, na igreja, às vezes, eram presa de uma alegria estática, que os impedia de cantar o ofício.
Assim os frades ingleses, embora tivessem hábitos particulares, eram, no espírito, verdadeiros franciscanos. E Elias de Cortona, durante o seu generalato, não teve adversário mais implacável, opositor mais enérgico a suas violações da Regra, do que o douto frade menor inglês Adão de Marsh. Todavia, cumpre acrescentar que foi um inglês, Aimone de Faversham, que, vindo a ser, por sua vez, geral da Ordem, de 1240 a 1244, decretou que só os clérigos, isto é, os frades instruídos, tivessem o direito de exercer os cargos superiores da Ordem."
Falecido em 1232, em Oxford, ali o bem-aventurado fundou uma grande escola. Agnelo de Pisa teve o culto aprovado por Leão XIII em 1892. (Livro Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume IV, p. 420-421)