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Santo do Dia


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Beato Hugo de Anzy, Confessor // São Marcelino de Embrun, Bispo e Confessor - Data: 20 de Abril 2020
 
 
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BEATO HUGO DE ANZY, Confessor

Hugo nasceu no Poitou. Era filho de pais nobres e se consagrou a Deus quando ainda na infância.

Padre e monge de São Savino, com outros dói enviado a São Martinho de Autum, onde devia estabelecer a regra monástica.

Infatigável no que dizia respeito ao trabalho de fazer observar a regra, organizou um número infindo de mosteiros, foi conselheiro e auxiliar de Bernon na restauração de Baume e na fundação de Cluny.

De volta a São Martinho de Autun, logo depois deixava aquela casa, para nova empreitada: a fundação do priorado de Anzy-le-Duc.

Ali foi o retiro preferido do bem-aventurado Hugo. Tendo construído pequenas celas regulares para a permanência dos religiosos, e, ao lado, ótimo hospital para os pobres, Hugo vivia na cela que o povo soia chamar a do Bom Pai. Os fiéis, ali, em grande número, acorriam procurá-lo, para suplicar orações e participar das riquezas espirituais que emanavam da florescente comunidade.

Deus concedeu ao bem-aventurado o poder sobre a natureza, sobre os homens e os animais.

Os lavradores, com confiança, antes da semeadura, traziam-lhe, em grandes cestos, as sementes que iam lançar à terra, para que as benzesse. E as colheitas, abençoadas, sempre foram fartas, mantendo perenemente afastado o feio fantasma terrível da fome.

Quando achou que devia abandonar toda ocupação exterior e só se ocupar com os preparativos para uma boa morte, trancou-se na cela e ali ficou o dia em que o Senhor o chamou, a 20 de Abril de 925.

O bem-aventurado foi enterrado perto da cela que ilustrou. À beira do túmulo, logo depois, grande número de doentes encontrou completa cura, o que veio concorrer para que o confessor fosse venerado imediatamente após o falecimento.

Em 1562, as relíquias tão veneradas foram profanadas e destruídas impiamente pelos huguenotes.

(Livro Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume VII, p. 124-125)

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SÃO MARCELINO DE EMBRUN, Bispo e Confessor

Marcelino nasceu na África. Piedoso, quando moço, se sentiu inspirado e foi pregar o Evangelho na Gália, com dois amigos - Vicente e Domnin - embarcando às escondidas dos pais.

Em Nice, desembarcaram. Puseram-se, então, a percorrer os Alpes, onde o Santo ergueu uma capela e viveu a orar, a jejuar e a pregar.

Eusébio, exilado da diocese que Deus lhe dera, consagrou-se o oratório. E, encantado com Marcelino fez mais: assistido do bispo Emiliano de Valença, concedeu ao Santo a consagração episcopal, estabelecendo-o, embora resistisse, bispo de Embrun.

São Marcelino converteu inúmeros pagãos. Sempre, pelas festas do Natal, bandos de catecúmenos apresentavam-se a ele para receber o batismo, e o batistério que construíra, miraculosamente, deu a verter água viva e límpida, por muito tempo, água que, bebida por vários doentes, restituiu-lhes a saúde.

Tal milagre acabou por converter toda Embrun. Somente um pagão ficou apegado às suas superstições. A este conquistou-o o Santo para Jesus pouco depois, consentindo em operar um milagre em sua presença: quebrado um copo de cristal em fragmentos incontáveis. Marcelino, com um simples sinal da cruz, pô-lo todo inteiro, sem qualquer traço de emendas, entre o sem-número de cacos.

Um dia, de regresso de uma das costumeiras incursões que fazia pelos arredores, o santo bispo topou com vários tropeiros. Entre eles, um havia que acabara de perder uma das mulas, e esbravejava. Quando e percebeu que era um religioso que se aproximava, o famigerado ímpio correu para ele. Tratando-o como se fora um escravo, levou-o para junto do animal que se abatera e, tomando-lhe da carga, depô-la nas costas do santo bispo.

Sem se queixar ou opor qualquer contraditado, contentou-se o confessor em dizer:

- Se o Salvador Jesus quis voluntariamente tomar sobre si os pecados todos do mundo, por que hei de eu, por seu amor, deixar de levar este fardo que me impuseram?

E, dirigindo-se a Deus, repetiu, todo emocionado, o versículo do salmista:

- Estou diante de ti, ó meu Deus, como uma besta de carga mas ainda estou contigo.

Chegando à cidade, o tropeiro quis humilhar ainda mais o Santo. E, forçado ou não, pôs-se a rir do ministro de Deus. O povo, diante daquele raro espetáculo, afluiu, mas, quando debaixo da vasta carga pesada, reconheceu o querido pastor, revoltou-se. E só não liquidou com o tropeiro e os companheiros deste, porque Marcelino os proibiu.

Então, o malvado que ria, de repente, do gozo, sem transição, passou ao tormento. Assaltado por tremendas cólicas caiu por terra, a estorcer-se e a berrar de dor.

Marcelino, apiedado, depondo a carga, ajoelhou-se-lhe ao lado, e orou ao Senhor, livrando o desapiedado tropeiro do mal que o consumia.

Marcelino participou ativamente da luta, quando o arianismo acossou o Oriente, a Itália, as Gálias e a região alpina. Em nome da Igreja que governava, enviou correios para os defensores da fé, então em Arles, Viena e Beziers, pondo-os ao par de tudo o que se passava, ao mesmo tempo que lhes alertava a vigilância, pedindo-lhes que se guardassem contra qualquer surpresa.

Este feito acarretou-lhe vários dissabores, uma vez que Constâncio despachou emissários com ordens de prendê-lo. Um desses emissários, no momento mesmo que tentava agarrar o Santo, foi tomado pelo demônio. E Marcelino, condoído, livrou o algoz do espírito imundo.

Outra vez, vários arianos, prendendo-o, levaram-no ao alto do rochedo onde se edificara a cidade de Embrun, para precipitá-lo encosta abaixo, caso se recusasse subscrever as ordens do imperador Constâncio.

Marcelino não se dignou responder-lhes. Permaneceu firme, calado. E os bárbaros, alucinados, atiraram com ele precipício abaixo.

Marcelino chegou ao fundo do abismo são e salvo, sem qualquer ferimento, mesmo sem um único arranhão. Vem daí a tradição que diz terem os anjos tomado o santo bispo quando no ar, depositando-o cuidadosamente na raiz do altíssimo monte.

Quando Constâncio faleceu, em 361, o santo bispo, que a instâncias do clero se refugiara nas gargantas das montanhas, voltou e foi recebido com grandes aclamações. De novo à frente do rebanho, do qual somente tinha notícias de quando em quando, morreu cheio de mérito no ano de 374.

Morto no dia 13, somente a 20 foi enterrado: o povo das adjacências e os bispos das vizinhanças, desejosos de participar das fúnebres cerimônias, foram responsáveis por tal diferimento.

Desaparecera o santo bispo, mas os milagres continuaram. Obrou-os durante a profícua vida, obrá-los-ia depois da morte, já na glória do Senhor.

Embrun, por mais de uma vez, recorreu à intercessão de São Marcelino, ao qual tomou como padroeiro. Certa vez, durante o sítio da cidade, apareceu o Santo no céu, alçando uma grande cruz que fulgurava, desbaratando o invasor.

Quando da peste que grassou em Embrun, um padre foi curado pelo simples contato do óleo que miraculosamente dera para fluir da sepultura do santo confessor. Diante disto, toda a cidade implorou-lhe o socorro e foi debelado o flagelo.

Gregório de Tours conta, e assegura, que no seu tempo, uma lâmpada brilhava diante do túmulo de São Marcelino e ficava, por muitos e muitos dias, sem necessidade de ser alimentada, e que, se por acaso apagasse o vento, reacendia-se sozinha, por si mesma. O óleo desta lâmpada era tido como remédio.

(Livro Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume VII, p. 118 à 121)

 

 

 

 

 
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