BEATO LOURENÇO DE VILLAMAGNA, Confessor
O confessor nasceu em Villamagna, a 15 de Maio de 1476. Era filho de Silvestre de Masculis e de Pippa d'Eletto, ambos nobres e cristãos, piedosos e caritativos.
Batizado com o nome de Aurélio, o jovem, logo, sentiu-se atraído para as coisas de Deus. Buscou, então, perto de Ortona, o convento de Santa Maria das Graças, embora o pai se opusesse àquela resolução.
Tomando o nome de Lourenço, fez, com sucesso, os estudos. E pôs-se a pregar. E pregou com grande êxito, às vezes a predizer coisas que se realizaram.
Em 1535, foi a Ortona para pregar a Quaresma, mas, assaltado pela doença que poria fim a sua vida, ali faleceu em 1535, com cinqüenta e nove anos de idade, no dia 6 de Junho, sendo enterrado na igreja de Santa Maria das Graças.
Um decreto de confirmação do culto foi-lhe outorgado pela Santa Sé a 28 de Fevereiro de 1923. (Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume X, p. 122)
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SÃO BERTRAND DE ANGOULÉME, Patriarca da Aquiléia e Mártir
São Bertrand de Saint-Geniés nasceu em 1260, no castelo de Saint-Geniés, perto de Cahors.
Em 1316, graças a João XXII, tornou-se cônego de Angouléme, depois chantre de São Félix de Caraman. Mais tarde foi deão da catedral de Angouléme, e, em 1328, diácono de Noyon.
A 4 de Junho de 1334, foi nomeado patriarca da Aquiléia, tomando posse do cargo no dia 28 de Outubro daquele mesmo ano.
Das missões diplomáticas que desempenhou, cita-se a que, sob Clemente VI, levou a bom termo: a rainha de Nápoles, Joana I, cujo marido, André, foi trucidado, era acusada de adultério e de cumplicidade no assassinato do esposo; ora, o irmão, o rei Luís da Hungria, dispôs-se a vingá-lo, apresentando-se para levar a cabo o intento, que só não consumou em virtude da intervenção do santo patriarca.
No dia 10 de Maio de 1350, São Bertrand assistiu ao concílio de Pádua, onde se promulgaram novas prescrições contra os contendores dos direitos e pessoas eclesiásticas. O conde de Goritz, que conspirava contra os privilégios do patriarca, reunindo homens de sua confiança, fez com que atacassem o Santo.
Morto o patriarca, entre Sacilo e Spilimberg, levaram-lhe o corpo para Udine, enterrando-o diante do altar-mor.
Niclau de Luxemburgo, o novo patriarca, depois de vários sonhos, resolveu exumá-lo, encontrando-o intacto. Colocando-o sobre o altar, para que todos pudessem vê-lo, desde então as curas que ali se processaram foram infindas e impressionantes.
Clemente VIII, a 27 de Abril de 1599 autorizou-lhe o culto público, culto que, em 1756, Bento XIV aprovou.(Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume X, p. 125-126)