A Basílica de São Pedro de Roma, cuja cúpula é a primeira coisa que o peregrino, emocionado, vê, a caminho da Cidade Eterna, é a maior do globo. Nela repousa o primeira vigário de Nosso Senhor.
Erguida à glória do Mestre e do Príncipe dos Apóstolos, começava por Bramante, em 1506, deve a cúpula ao gênio do imortal Miguel Ângelo, que nela trabalhou de 1546 a 1564. Carlos Maderna elevou-lhe a fachada e terminou a nave, de 1607 a 1614. Bernino levantou o grande baldaquino do altar-mor em 1623 e continuou até a morte a decoração interior. Foi quem desenhou a praça com a colunata.
Urbano VIII, a 18 de novembro de 1626, consagrava a basílica, em cujo centro repousa São Pedro.
Sobre a tumba do apóstolo, dizia o Papa Pio XII na radiomensagem de 23 de dezembro de 1950, falando a respeito das explorações levadas a efeito:
O resultado foi riquíssimo, importantíssimo. Mas a questão essencial é a seguinte: encontrou-se verdadeiramente a tumba de São Pedro?
A esta pergunta, a conclusão final dos trabalhos e dos estudos responde muito claramente pela afirmativa: sim, a tumba do Príncipe dos Apóstolos foi encontrada.
Uma segunda questão, subordinada à primeira, diz respeito às relíquias do Santo: foram elas encontradas?
À beira da sepultura encontraram-se restos de ossos humanos. Pertenciam eles ao despojo mortal do Apóstolo? Não é possível prová-lo com certeza.
Isso, entretanto, deixa intacta a realidade histórica da tumba. A gigantesca cúpula desenvolve a sua curva exatamente sobre o sepulcro do primeiro bispo de Roma, do primeiro Papa; sepulcro originalmente muito modesto, mas sobre o qual a veneração dos séculos posteriores elevou, por uma maravilhosa sucessão de trabalhos, o maior templo da cristandade.
(Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume XX, p. 119-120)
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O Papa Pio IX quis que as dedicações das basílicas de São Pedro e de São Paulo fossem celebradas juntas a 18 de Novembro.
Como São Pedro, São Paulo foi enterrado, possivelmente, no lugar do suplício, num cemitério comum a todos.
A basílica, situada num lugar relativamente distante da cidade, foi restaurada, de 440 a 461, pelo Papa São Leão. A 15 de julho de 1823, um incêndio destruiu-a, de modo que foi necessário reerguê-la, o que a tornou mais bela. Ainda pode ser vista, sob o altar, a placa de mármore que cobre a tumba de São Paulo, onde se lê: "Paulo, Apóstolo, mártir."
Admite-se, desde há muito, que o túmulo do grande Apóstolo foi por diversas vezes aberto e mesmo violado. Lemos no martirológio romano:
Em Roma, a Dedicação das Basílicas de São Pedro e de São Paulo, apóstolos. A primeira, tendo sido reconstruída e aumentada, foi solenemente consagrada neste dia, pelo Soberano Pontífice urbano VIII (1626). A segunda, depois de ter sido completamente destruída por deplorável incêndio, foi reerguida com mais magnificência e consagrada solenemente a 10 de dezembro por Pio IX (1854), que fixou no presente dia a comemoração anual deste dedicação.
Desde os tempos de Gregório II (715-731) o serviço na basílica de São Paulo foi assegurado por monges beneditinos. (Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume XX, p. 121-122)