No dia de hoje celebramos o Grande São Francisco de Paula. Sua vida longa de 91 anos foi exemplar para todos os que conviviam com ele.
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Na verdade ele era analfabeto, mas isso pouco importa. Em suas homilias, ele pregava com tanta sabedoria que deixava seus ouvintes extasiados e entusiasmados: a boca fala é da abundancia do coração. Por isso mesmo é que esse santo não alfabetizado nunca sentiu nenhum constrangimento ao conversar ou dar conselhos a Papas, reis e a grandes deste mundo. Além disso, o Espírito Santo resolveu fazer por meio dele portentosos milagres. Vejamos aqui alguns deles.
A Divina Providencia distribui seus dons a quem fará uso deles para maior glória de Deus. Sendo assim, é o caso de dizer que São Francisco de Paula glorificou muito a Deus, aplicando esses dons abundantemente. Até parece que seu carisma constituía-se em fazer milagres.
Um autor chegou a afirmar sobre ele: "Não há espécie de doenças que ele não tenha curado, de sentidos e membros do corpo humano sobre os quais não tenha exercido a graça e o poder que Deus lhe havia dado. Ele restituiu a vista a cegos, a audição a surdos, a palavra aos mudos, o uso dos pés e mãos a estropiados, a vida a agonizantes e mortos; e, o que é mais: coração a insensatos e frenéticos".
Não houve jamais mal, por maior e mais incurável que parecesse, que pudesse resistir à sua voz ou ao seu toque. Acorria-se a ele de todas as partes, não só um a um, mas em grandes grupos e às centenas, como se ele fosse o Anjo Rafael e um médico descido do Céu; e, segundo o testemunho daqueles que o acompanhavam ordinariamente, ninguém jamais retornou descontente, mas cada um bendizia a Deus de ter recebido o cumprimento do que desejava.
Francisco ressuscitou seu próprio sobrinho chamado Nicolas. Ele queria ser monge na Ordem que seu tio havia fundado. Mas sua mãe se opôs ferrenhamente a isso. Nicolas adoeceu e morreu. O corpo estava sendo velado na igreja do convento e São Francisco de Paula pediu que o conduzissem à sua cela. Passou a noite em lágrimas e orações. Foi assim que, naquela noite, ele obteve de Deus que o rapaz fosse ressuscitado.
Quando, na manhã seguinte, a mãe de Nicolas veio para assistir ao sepultamento do filho, Francisco perguntou-lhe se ela ainda se opunha a que ele se fizesse religioso. "Ah!" - disse ela em lágrimas - "se eu não me tivesse oposto, talvez ele ainda vivesse". "Quer dizer que você está arrependida?" - insistiu o Santo. - "Ah, sim!". Francisco, então, trouxe-lhe o filho são e salvo. Em prantos, a mãe abraçou o filho concedendo a licença que havia negado.
Tornou-se famosa outra ressurreição realizada pela intercessão de Francisco. Foi aquela em que viveu novamente um homem malfeitor que a justiça havia enforcado três dias antes. O Grande São Francisco de Paula não só lhe restituiu a vida do corpo, como também a da alma.
Outro o qual São Francisco também ressuscitou, e não apenas uma, mas duas vezes, foi Tomás de Yvre, que era habitante de Paterne, França, e trabalhava na construção do convento de sua cidade. Num acidente ele foi esmagado por uma árvore. São Francisco o ressuscitou. Algum tempo depois, Tomás caiu do alto do campanário e morreu em consequência da queda. Novamente o Santo restituiu-lhe a vida.
São Francisco era também dotado de uma graça especial para a obtenção do favor da maternidade para mulheres estéreis. Muitos milagres desse gênero foram relatados no processo de canonização do Santo em Tours. Alguns deles aconteceram em casas reais ou principescas.