Nascida em 1787, no dia 6 de setembro, no castelo de Druelle, Maria Emilia de Rodat pertencia à velha família de Rouergue.
Educada pela avó, vivendo no vasto castelo de Ginals, Emília mesma, mais tarde, escreveria: "Com a idade de oito anos, minha avó tomou-me consigo e, assim que cheguei à idade da razão, ensinou-me a amar o bom Deus. Uma de minhas tias-avós, religiosa visitandina, de concerto com ela, prodigalizou-me os mais ternos cuidados.
Quando era pequena, tinha o defeito de ficar amuada facilmente. Ia, então, agachar-me debaixo duma janela, e minha avó, me chamava:
- Emília vem comigo, vem!
Eu a atendia e ia. E quando estava com ela, dizia-me:
- Olha-me bem, e sorri!
Tornava-me amarga, áspera, mas vovó persistia até que, rindo, voltava ao meu ar costumeiro.
Naquele ambiente calmo, de pessoas compreensivas, a jovem foi crescendo toda brandura. Aos onze anos, fez a primeira comunhão na capela do castelo.
Moça, em Villefranche de Rourque, abriu uma sala de aula, onde quarenta jovenzinhas estudavam e passavam o dia. Era em 1815, e tanta procura teve a Sala que, em 1819, instalava-se nos Cordeliers, com caráter religioso, e as irmãs pronunciavam os votos perpétuos e tomavam o hábito das religiosas. Todavia, nesse meio de tempo, de 1815 a 1819, quantas provas, quantas críticas, quanta incompreensão por parte dos faladores. O instituto, porém, cresceu e, quando a Santa faleceu, em 1852, sabia que as filhas jaziam acomodadas por trinta e seis fundações.
Que levaria Emília de Rodat a fundar tal instituto, que começou numa sala?
Um dia, ao visitar uma doente, ouviu das vizinhas que ajudavam a pobre as queixas que faziam sobre o desaparecimento, do lugar, das Ursulinas e suas escolas gratuitas, onde se haviam educado, e nas quais agora, não podiam deixar as filhas.
Emília, tocada, propôs levar adiante, como levou, a obra que a tornou conhecida e na qual se santificou.
A 9 de junho de 1940, Pio XII beatificou a fundadora. O mesmo Papa da Paz, a 23 de Abril de 1950, canonizou-a solenemente.
Foto: santiebeati.it
(Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume XVI, p. 318-319)