Ângelo, judeu de origem, nasceu em 1185 em Jerusalém, gêmeo de João, que, também como irmão, convertendo-se a mãe e sendo batizado, fez-se Carmelo.
Ambos praticaram ásperas penitências. Ângelo, aos vinte e seis anos, em Jerusalém, recebeu o sacerdócio. Percorrendo vários lugares da Palestina, tornou-se célebre pelos milagres que foi operando. Famoso, mas desgostoso, procurou a solidão, esperando tornar-se esquecido de todos.
Deus comunicou-lhe, pouco mais tarde, o desejo que tinha de vê-lo noutras bandas, indicando-lhe novo campo de ação - a Itália. Ali também obrou prodígios.
Em Licate, quando na Sicília, no afã de converter um mau senhor, que levava vida libertina, foi por ele ameaçado de morte, caso não deixasse de lado o intento. Avisado, numa aparição, por São João Batista, que findaria pelo martírio, logo mais, a 5 de Maio, foi morto por sectários daquele senhor, com cinco estocadas de espada. Ângelo morreu pronunciando as palavras do Salmo:
- Senhor, deponho meu espírito em vossas mãos.
O Papa, então Honório III, colocou-o no número dos mártires quase que imediatamente depois do falecimento. (Livro Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume VIII, p. 108-109)