Santo Antônio Cauleas nasceu nas proximidades de Constantinopla: os pais, naturais da Frígia, temerosos da ira dos iconoclastas, deixando a terra em que viviam, retiraram-se para aquele lugar, onde, então, havia paz e tranqüilidade.
Antônio perdeu a mãe muito cedo. E o pai, que não queira que o filho freqüentasse as escolas públicas, foi-lhe mestre dedicado. Com doze anos, passou a viver aos cuidados de um piedoso abade. Desde então, o santo começou a demonstrar o pendor que tinha pela contemplação, o gosto pelo estudo das santas Escrituras, a atração que sentia pela cerimônia do culto.
Abade, Antônio, cuja fama chegara até Constantinopla, em 888, com a morte do Patriarca Estevão, foi eleito por unanimidade para preencher a vaga. Achava-se, então a Igreja do Oriente abalada pelo cisma de Fótio, e Antonio Cauleas dedicou-se de corpo e alma para que a paz chegasse a bom termo.
Sua grande preocupação era o povo, pelo qual, sem cessar, pedia a Deus que esclarecesse. Mesmo no último instante, suplicou por ele. E, a notícia de sua morte, uma mulher, doente havia muito, porque acreditava na santidade do bom patriarca, rogou a Deus que, pelo servo acabava de morrer, se dignasse curá-la do mal que a afligia. Fizera aquela prece, devotamente, à hora de dormir; quando, no dia seguinte, despertou, viu-se curada.
Santo Antônio Cauleas faleceu no ano de 901. (Livro Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume III, p. 205-206)