São Paulo Apóstolo (ou Saulo) nasceu em Tarso (Município de Roma) na Cilícia (Ásia menor) no início da era cristã, de família israelita, da tribo de Benjamim, muito fiel à doutrina e à tradição judaica; seu pai comprara a cidadania romana, o que era possível naquele tempo, então Saulo nasceu como cidadão romano, legalmente.
Aos 15 anos de idade foi enviado para Jerusalém onde recebeu a formação do rabino Gamaliel (At 22,3; 26,4; 5,34), e se formou na arte rabínica de interpretar as Escrituras, e aprendeu a profissão de curtidor de couro, seleiro.
Por volta do ano 36 era severo perseguidor dos cristãos, mas se converteu espetacularmente quando o próprio Senhor lhe apareceu na estrada de Jerusalém para Damasco, onde foi batizado por Ananias. Em seguida permaneceu num lugar perto de Damasco chamado Arábia.
São Paulo esteve no apedrejamento de Santo Estevão, e sem dúvida as orações desse Santo na hora da morte foram fundamentais para a graça da conversão de São Paulo.
No ano 39 se encontrou com Pedro e Tiago em Jerusalém (Gal 1,18) e depois voltou para Tarso (At 9,26-30) acabrunhado pelo fracasso do seu trabalho em Jerusalém. Ali ficou por cerca de 5 anos, até o ano 43. Nesta época, Barnabé, seu primo, que era discípulo em Antioquia, importante comunidade cristã fundada por S.Pedro, o levou para lá.
Em 44 Paulo e Barnabé foram encarregados pela comunidade de Antioquia para levar a ajuda financeira aos irmãos pobres de Jerusalém. No ano 45, por inspiração do Espírito Santo, Paulo e Marcos (o evangelista) vão pregar aos gentios, aos pagãos, aqueles que não são judeus (At 13,1-3).
A primeira viagem durou cerca de 3 anos (45-48) percorrendo a ilha de Chipre e parte da Ásia Menor. No ano de 49 São Paulo Apóstolo e Barnabé vão a Jerusalém para o primeiro Concílio da Igreja, para resolver a questão da circuncisão, surgida em Antioquia. Esta presença de São Paulo em Jerusalém foi fundamental para que o Cristianismo não ficasse dependente do antigo judaísmo, como uma “seita” a mais. Graças a ele os pagãos ficaram livres da circuncisão e o Cristianismo surgiu com nova força.
A segunda viagem apostólica de São Paulo foi de 50 a 53, durante a qual Paulo escreveu, em Corinto, as duas Cartas aos Tessalonicenses (At 15,36-18,22). São as primeiras Cartas de Paulo.
A terceira viagem foi de 53 a 58. Neste período ele escreveu “as grandes epístolas”, Gálatas e I Coríntios, em Éfeso; II Coríntios, em Filipos; e aos Romanos, em Corinto. No final desta viagem Paulo foi preso por ação dos judeus e entregue ao tribuno romano Cláudio Lísias, que o entregou ao procurador romano Felix, em Cesaréia. Aí Paulo ficou preso dois anos (58-60), onde apelou para ser julgado em Roma; tinha direito a isso por ser cidadão romano. Partiu de Cesaréia no ano 60 e chegou em Roma em 61, após sério naufrágio perto da ilha de Malta.
Em Roma ficou em prisão domiciliar até 63. Neste período ele escreveu as chamadas “cartas do cativeiro” (Filemon, Colossenses, Filipenses e Efésios). Depois deste período Paulo deve ter sido libertado e ido até a Espanha, “os confins do mundo” (Rom 15,24), como era seu desejo. Em seguida deve ter voltado da Espanha para o oriente, quando escreveu as Cartas pastorais a Tito e a Timóteo, por volta de 64-66.
Foi novamente preso no ano 66, no oriente, e enviado a Roma, sendo morto em 67 face à perseguição de Nero contra os cristãos desde o ano 64. S. Paulo foi um dos homens mais importantes do cristianismo. Deixou-nos 14 Cartas.
Terminou a vida dizendo: “Combati o bom combate, terminei minha carreira, guardei a fé” (1Tm 4,7) São Pedro e São Paulo foram as grandes colunas da Igreja em Roma; martirizados pelo mesmo Nero derramaram o seu sangue em Roma. Desde então a Sede da Igreja está em Roma.