São Silvestre, nascido em 1177, em Osimo, perto de Ancona e de Loreto, era filho dum jurista, Ghislério di Jacopo, e de Branca Ghislieri.
Data dos tempos de estudante, da adolescêcnia, de Bolonha e de Pavia, o conhecimento que teve de Benvenuto Scatiroli, futuro bispo de Ancona, ao qual se ligou por estreita amizade.
Resolvido a dedicar-se a Deus, deixou a tudo, e foi viver numa gruta, onde, conta-se, tinha por único companheiro um lobo. Logo, discípulos de toda a região começaram a procurá-lo, pela fama de santidade. Em 1231, tendo erguido um pequeno mosteiro, o número dos seus habitantes cresceu tão rapidamente que, de 1231 a 1267, acabou por fundar outros doze, onde viviam quatrocentos e trinta e três monges.
O Papa Inocêncio IV aprovou a nova congregação que surgira, beneditina, em 1247.
Eremitismo, cenobitismo rústico e pobre, trabalhos manuais, ideal capaz de rivalizar com o objetivo dos religiosos mendicantes, isto era, de início, o que praticaram os futuros silvestrinos.
São Silvestre faleceu em Monte Fano na noite de 26 de novembro de 1267. Desde 1301, fala-se da Ordem de São Silvestre. Data de 1233, o primeiro mosteiro das monjas silvestrinas. Os silvestrinos tem, atualmente, missões no Ceilão, na Austrália, e na América do Norte.
Quase imediatamente depois do falecimento do filho de Ghislério e de Branca, o Papa Clemente IV autorizou o primeiro processo diocesano. O culto desenvolveu-se nas Marcas a principiar do século XIII. Leão XIII, em 1890, estendia a toda a Igreja o ofício e a missa de São Silvestre.
(Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume XX, p. 269-270)