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São Turíbio de Mogrovejo: patrono do Peru - Data: 22 de Março 2022
 
 
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Ó Deus, que aos vossos pastores associastes São Turíbio de Mogrovejo, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória.

São Turíbio de Mogrovejo nasceu Mayorca, na Espanha poucos anos depois do descobrimento da América, em 1538.

Dedicou-se ao estudo do Direito cursando as, já naquele tempo, famosas e concorridas universidades de Coimbra, em Portugal, e Salamanca, na Espanha. Sua cultura jurídica e dedicação à Igreja e ao rei fez com que Felipe II o nomeasse como principal Juiz do Tribunal da Inquisição, em Granada.

Sendo sacerdote, alguns anos mais tarde, o mesmo Rei desejou enviar Turíbio de Mogrovejo, como arcebispo, da Sé Arquiepiscopal de Lima, no Peru, que havia ficado vacante.

Então, para substituir o falecido Dom Jerónimo de Loayza, o Papa Gregorio XIII nomeou Turíbio como Arcebispo de Lima. Em março de 1581 ele chegou ao porto de Paita, capital da Província peruana de Piura, nas costas do Oceano Pacífico.

Ele chegou a Lima em 12 de maio de 1581.

Episcopado profícuo de São Turíbio de Mogrovejo

Em Lima o aguardava um período episcopal longo, cheio de dificuldades e muito trabalho, mas profícuo.

Uma de suas primeiras atividades episcopais foi convocar e presidir o III Concilio de Lima, que foi realizado de 1582 a 1583 e do qual Participaram prelados de toda a América Hispânica.

Neste Concílio histórico foram tratados assuntos relevantes a propósito da evangelização da população indígena residente no Novo Mundo. Foi dessa assembleia episcopal que surgiram importantes normas pastorais de apostolado e foi nela também que se determinou a impressão de textos do Catecismo não só na língua espanhola, mas também nos idiomas quechua e aymara, falado pelo habitantes ameríndios. Estes foram os primeiros livros impressos na América do Sul.

São Turíbio tinha sua arquidiocese localizada em um território amplo e dos mais difíceis de ser percorrido. Contudo, ele utilizou 17 dos seus 25 anos para percorrê-lo incansavelmente exercendo em todo ele o seu múnus episcopal.

Enfermidade e morte

Ele tinha sessenta e oito anos quando adoeceu gravemente em Pacasmayo, no norte de Lima.

Percebendo a aproximação do final de sua vida, providenciou seu testamento: deixou para seus criados seus pertences pessoais aos pobres o restante do que possuía.

Em Zaña, no dia 23 de março de 1606, a pouco mais de 400 anos, aquele que já era chamado de "protetor dos indígenas", que foi um incansável missionário e grande organizador da Igreja na América do Sul seguiu para a Casa do Pai e a ele entregou sua bela alma.

São Turíbio de Mogrovejo foi beatificado pelo Papa Inocêncio XI no ano de 1679. Sua canonização deu-se em 1726 quando era Pontífice o Papa Bento XIII.

Em 1983 São João Paulo II o proclamou como Patrono do Episcopado Latino Americano.

Figura exemplar

Em sua homilia festejando os 400 anos da morte de São Turíbio, o cardeal Juan Luis Cipriani Thorne, Arcebispo de Lima, ocupando hoje a sede do falecido santo bispo, falou um pouco sobre a figura do prelado, já que sua pregação e seu zelo apostólico eram, na verdade, sustentados por sua vida interior:

"São Turíbio de Mogrovejo foi muito consciente de que o ministério pastoral somente tem sentido se é vivido em santidade e a promove: foi uma evangelização para a santidade.

O segredo da santidade de São Turíbio, como a de qualquer santo, fica em sua proximidade com Deus, sua fidelidade à oração, elemento fundamental de seu ministério apostólico. É fato que na vida espiritual a pessoa progride na medida em que reza. (...)

O amor aos necessitados foi também um traço característico da fisionomia espiritual do Apóstolo do Peru. Esse amor pelos pobres patenteava-se nos inumeráveis gestos realizados pelo Santo, que vão desde seu trato afável com os índios e os necessitados, passando pela entrega aos pobres dos bens que conseguia obter, chegando até à doação de suas próprias roupas, móveis e utensílios domésticos.

Em São Turíbio reforçamos nossa convicção de que o tempo consagrado a Deus é garantia de uma fiel entrega ao cumprimento dos próprios deveres e ao serviço dos irmãos.

Na oração, São Turíbio Afonso de Mogrovejo compreendeu que uma das características fundamentais do pastor deve ser amar aos homens que lhe foram confiados, tal como ama a Cristo, a cujo serviço está. Ele compreendeu o ministério pastoral como o concebe nosso querido Papa Bento XVI, que disse na Missa de inauguração de seu Ministério Petrino: 'Apascentar quer dizer amar; e amar quer dizer também estar disposto a sofrer. Amar significa dar às ovelhas o verdadeiro bem, o alimento da verdade de Deus, o alimento de sua presença, que Ele nos dá no Santíssimo Sacramento'".

 
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