No dia 25 de janeiro celebramos uma das conversões mais famosas e importantes da Santa Igreja Católica: Saulo, o enfurecido fariseu, torna-se São Paulo, o Apóstolo dos gentios.
Muito se tem dito de sua queda do cavalo e encontro com Jesus. A vida de Paulo Apóstolo foi um milagre constante depois disso. Neste artigo, vamos hoje com ele naufragar em umas de suas viagens, o que lhe rendeu uma de suas histórias e mais oportunidade de conversões.
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Começa contando os Atos dos Apóstolos, no capítulo 27, que São Paulo tinha sido preso, e que seria enviado a Roma, para julgamento. Seu crime era unicamente pregar a fé em Cristo, que contrastava com a devoção divina que os romanos eram obrigados a sentir por seu César.
No começo da viagem, uma certa bonança no mar, com ventos propícios, fez com que progredissem rápido. Mas, após a passagem pelo porto de Creta, São Paulo anunciou que seria preciso esperarem ali, pois se abateria sobre eles uma grande tempestade.
Pouco ouviu o centurião, comandante daquele destacamento que levava São Paulo para Roma. Partiram com ufania, quem sabe até mesmo zombando do homem de Deus, que é a última coisa que lhes recomendo, caros leitores. Pouco tempo de viagem depois, caiu sobre o navio uma tal tempestade que muitos dias se passaram sem que conseguissem ver o sol ou as estrelas.
Assim, São Paulo, com o coração fogoso, se pôs à proa da embarcação e avisou aos tripulantes que o navio seria destruído, mas nenhum homem seria morto, pois um Anjo lhe havia aparecido, dizendo ser plano de Deus que comparecesse diante do imperador.
Os santos são vistos geralmente como pouco humanos, poucos preocupados com a humanidade, pois seu pensamento está no Céu. Todavia, isso não é verdade; São Paulo nos prova isso. Passados 14 dias na tempestade, os tripulantes estavam apenas pele e osso de preocupação.
Ele pronuncia então: “Agora eu os aconselho a comerem algo, pois só assim poderão sobreviver. Nenhum de vocês perderá um fio de cabelo sequer” (At 27, 34). Olhem só! Ele próprio se postou diante de Deus e garantiu a segurança de todos. É de uma caridade intensa, máxima.
O navio continuava em deriva, sem ser controlado pelos homens. São Paulo sabia que era Deus que o dirigia, e se submetia à vontade divina. Num dia, perceberam que o barco se chocaria em uma ilha desconhecida, e os soldados queriam matar os prisioneiros para que estes não dominassem o destacamento romano.
Mas o centurião estava mais crente na palavra de São Paulo, e não permitiu. Mandou que os que soubessem nadar pulassem e fosse à terra desconhecida, e outros que se agarrassem em tábuas e boiassem até lá. Como o Apóstolo previu, todos chegaram à ilha com vida.
Depois de todo naufrágio épico, poderia parecer ao incauto leitor que tudo terminava. Mas Deus queria exaltar seu servo de um modo inusitado. Os habitantes receberam bem os soldados e prisioneiros, mas quando São Paulo foi acender a fogueira, uma cobra se enrolou em seu pulso e o picou.
Os nativos começaram a decretar que era a morte de náufrago. Segundo eles, ninguém sobreviveria a uma picada destas serpentes venenosas. Porém, mal sabiam eles que a vida de Paulo Apóstolo era um milagre constante. Ele apenas continuou a acender o fogo, com nada lhe acontecendo, o que deslumbrou os habitantes da ilha.
Esse desígnio e posterior milagre de Deus abriu os olhos e ouvidos dos nativos, que ficaram mais atenciosos para receber o testemunho daquele homem que sobreviveu de todos os modos. Esta ilha é Malta, e lá as tradições cristãs ainda permanecem.
Na celebração desta conversão que foi o início de tantos casos como foi o que lemos aqui, peçamos a São Paulo força de alma para suportar os desígnios de Deus que acontecem em nossas vida, com igual confiança e caridade que ele demonstrou.