Veneza (Quinta-feira, 08-09-2011, Gaudium Press) "Obrigado Veneza. Esta Igreja tem um grande futuro". Com palavras de gratidão e perdão o Cardeal Angelo Scola se despediu do Patriarcado de Veneza depois da nomeação para dirigir a arquidiocese de Milão, uma das mais importantes na Itália. Ontem, no se ultimo dia como patriarca, o purpurado presidiu a última missa na Catedral de São Marcos.

att5 basilica.JPG
Cardeal Scola no último passeio de gôndola pelo Grande Canal

Durante sua homilia, falando de sua estada em Veneza, o cardeal expressou "a gratidão ao Senhor por esta década" e pediu perdão para aqueles que "voluntariamente ou involuntariamente" pudesse ter ofendido neste caminho. "Se pequei contra esta Igreja, pequei principalmente por omissão", disse.

Sobre a cidade de Veneza, Cardeal Scola descreveu-a como "sereníssima" que "tanta luz teve da nossa Igreja e que tanta ainda espera dela", destacando ainda sua beleza "absolutamente incomum, indescritível" que, conforme ele, deve ser cuidada. "Esta Veneza é uma mensagem à humanidade, porque seu povo a vive em modo tal a torná-la uma mensagem para a humanidade. É uma responsabilidade para a Igreja, uma responsabilidade para todos os habitantes da sociedade civil plural, um dever para a humanidade em um tempo de grande aflição", declarou.

Cardeal Scola também pronunciou palavras de agradecimento ao clero do patriarcado de Veneza, ressaltando que a Igreja da cidade italiana é "bem radicada em Marcos, nos seus sucessores, em São Lourenço Justiniano, nos grandes papas santos e beatos, nos patriarcas que nos precederam e nos tantos santos que viveram na nossa terra e que semearam os carismas da renovação da vida".

A despedida do cardeal teve início ontem na Basílica da Saúde, onde se encontrou com o reitor Dom Lucio Ciliaos, com os sacerdotes e os diáconos da diocese. Depois, foi recebido diante da Basílica por uma representação do Coordenadoria das Remeiras da cidade. Lá, entrou em uma gôndola especial, de parada, com 18 gondoleiros, preparada para acompanhá-lo no último passeio no Canal Grande. Na sua chegada no cais de São Marcos, foi recebido pelos gondoleiros e pelo prefeito de Veneza, Giorgio Orsini. Na Catedral de São Marcos celebrou a última missa.