O milagre eucarístico de Santarém, também chamado de
Santíssimo Milagre, trata-se de um milagre eucarístico
dos mais célebres e reconhecidos no mundo, cientificamente
analisado, e o qual ocorreu em Santarém, Portugal, no século XIII,
sendo ainda hoje objeto de uma veneração nacional e internacional.
A mulher se acalmou, à noite o marido chegou em casa e, depois de jantar, foram dormir como de costume. Porém, no meio da noite, eles foram acordados por um clarão de luz que pulsava dentro da sala e vinha do baú da mulher. Ela então foi forçada a contar tudo ao marido, que ficou surpreso ao olhar para a hóstia brilhante e sangrando. Os dois passaram o resto da noite em adoração silenciosa e comovente, também apreciando uma visão de Anjos adorando a hóstia.
No dia seguinte os dois esposos informaram o Pároco, que se apresentou em casa deles para levar a Hóstia e transportá-la em solene procissão para a igreja de Santo Estêvão, acompanhado de muitos religiosos e leigos.
A Hóstia sangrou por três dias consecutivos. Foi colocada em seguida num magnífico relicário de cera de abelha.
Em 1340 verificou-se um outro Milagre. O sacerdote abriu o tabernáculo e encontrou o vaso de cera rasgado em muitos pedaços: em seu lugar estava um vaso de cristal com o sangue da Hóstia misturado com a cera.
Ainda hoje a Sagrada Partícula se guarda num Trono Eucarístico do século XVIII, sobre o altar principal. A igreja de Santo Estêvão é conhecida como o Santuário do Santo Milagre.
Entre os testemunhos do Prodígio está também o de Francisco Saverio, o apóstolo da Índia, que visitou o Santuário antes de se deslocar em missão.
Investigações canônicas foram realizadas em 1340 e 1612. Em ambas as ocasiões, o milagre foi considerado autêntico.
Desde que aconteceu o Milagre, todos os anos no segundo domingo de Abril, a preciosa Relíquia é levada em procissão da casa dos esposos até à igreja de Santo Estêvão.
No decorrer dos séculos, a hóstia apareceu como tecido hemorrágico fresco ou seco e endurecido. Segundo pessoas que a viram, ela tem um formato irregular e veias que vão de cima a baixo.
O fato da hóstia permanecer intacta durante todos esses anos é um “segundo milagre” que continua desafiando os céticos.
É um sinal para todos da presença real de Jesus na Eucaristia e tem revigorado a fé de muitos católicos ao redor do mundo.