Um monge com terríveis tentações contra a fé na Eucaristia
vê realizar-se um portentoso milagre que há mais de quatro
séculos desafia os incrédulos e foi confirmado pelos
mais rigorosos testes da Ciência moderna.
Naquele dia o pobre monge, enquanto vestia os paramentos sagrados, sentia mais do que nunca seu coração mergulhado na escuridão da dúvida. Entretanto, como o dever o chamava, ele subiu os degraus do altar e começou a celebração.
Na hora da Consagração, pronunciou claramente, como sempre, as solenes palavras: “Isto é o meu Corpo que será entregue por vós” … “Este é o cálice do meu Sangue”… Em seguida, deteve-se, assaltado pela violenta incerteza: será mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo presente sob a aparência desse minúsculo pedaço de pão e dessas poucas gotas de vinho?
Nesse instante, viu com admiração a branca hóstia transformar-se em um pedaço de carne e o vinho em sangue real que se coagulou e dividiu- se em cinco fragmentos de forma irregular e de tamanhos diferentes.
Muito assustado de início, depois cheio de alegria, o feliz monge permaneceu durante certo tempo como que em êxtase e depois, derramando lágrimas de gratidão, voltou-se para os fiéis e exclamou:
– Bendito seja Deus que, para destruir minha incredulidade, quis manifestar- Se neste Santíssimo Sacramento e tornar-Se visível a nossos olhos! Vinde, irmãos, e contemplai! Eis a Carne e o Sangue de nosso amantíssimo Salvador!
Nesse instante, viu com admiração a branca hóstia transformar-se em um pedaço de carne e o vinho em sangue real que se coagulou e dividiu- se em cinco fragmentos de forma irregular e de tamanhos diferentes.
Muito assustado de início, depois cheio de alegria, o feliz monge permaneceu durante certo tempo como que em êxtase e depois, derramando lágrimas de gratidão, voltou-se para os fiéis e exclamou:
– Bendito seja Deus que, para destruir minha incredulidade, quis manifestar- Se neste Santíssimo Sacramento e tornar-Se visível a nossos olhos! Vinde, irmãos, e contemplai! Eis a Carne e o Sangue de nosso amantíssimo Salvador!
Ao constatar o milagre, todos se ajoelharam cheios de respeito e adoração, clamando por perdão e misericórdia, julgando-se indignos de presenciar tão emocionante manifestação sobrenatural.
Desde o início, as autoridades religiosas reconheceram a autenticidade do milagre. A notícia espalhou-se por toda a cidade e pelos povoados vizinhos. De todas as partes acorreram peregrinos desejosos de contemplar com seus próprios olhos e de adorar a Carne e o Sangue de Cristo.
Em pouco tempo, Lanciano tornou-se o lugar onde muitos incrédulos renasciam para a Fé e cristãos entibiados se afervoravam na devoção à Sagrada Eucaristia.
Os monges que celebravam na igreja de São Longino deixaram Lanciano no século XII, passando o convento para os beneditinos. Estes, em 1253, foram sucedidos pelos frades franciscanos conventuais que, em 1258, reconstruíram a igreja e a dedicaram a São Francisco de Assis.
Até hoje as sagradas relíquias se conservam nessa igreja. A Carne está exposta em um artístico ostensório de prata finamente cinzelada. E o Sangue, coagulado e dividido em cinco fragmentos, está posto em uma espécie de cálice de cristal de rocha.
Ao longo dos séculos, porém, passaram elas por situações de perigos e incertezas. Vendo o iminente risco em que se encontrava esse precioso tesouro, um frade franciscano chamado Giovanni Antonio di Mastro Renzo tomou o relicário e partiu para lugar mais seguro. Mas depois de ter caminhado durante toda a noite, verificou, com grande surpresa, que se encontrava ainda às portas de Lanciano!
Rigorosos testes científicos realizados por dois peritos italianos em 1970 demonstram de maneira inequívoca que se trata de carne e sangue tirados de um ser humano vivo, não de um cadáver; o pedaço de carne é de um coração, e o sangue pertence ao grupo AB, o mesmo do homem do Santo Sudário de Turim.
Em 1973, uma comissão científica nomeada pela Organização Mundial da Saúde, da ONU, confirmou as conclusões dos especialistas italianos. E em 1976, foi publicado um resumo dos trabalhos dessa Comissão, em cuja conclusão se declara que a Ciência, conhecedora de seus limites, se detém diante da impossibilidade de dar uma explicação para o prodigioso fato.Trata-se sem dúvida de relíquias do próprio Coração de Jesus que Longino atravessou com sua lança!
Tocante manifestação de amor divino! A história deste portentoso milagre deve encher-nos de confiança em relação ao misericordioso Coração de um Deus feito Homem que Se deixa esconder sob as espécies do pão e do vinho e dá-Se a nós como alimento a cada dia. Quer prisioneiro no tabernáculo, quer exposto num rico ostensório, tanto em humildes capelas rurais quanto em grandiosas catedrais, Ele está ali à nossa espera, desejoso de ouvir, de consolar, de perdoar… Jesus pode, num instante, transformar nossas pobres e frágeis almas como o fez com a alma daquele atormentado monge, cujas súplicas cheias de aflição foram atendidas com superabundância de graças. A nós, porém, Nosso Senhor quer conceder uma graça ainda maior. Nós não vemos nem tocamos a Carne e o Sangue, contemplamos apenas o pão e o vinho. Mas, se crermos com Fé robusta e ardente nesse inefável Mistério, Ele próprio nos promete uma imensa recompensa: “Bem-aventurados os que acreditaram sem terem visto” (Jo 20,29).