Ávila, 1562. Após vinte e sete anos de vida claustral no Mosteiro da Encarnação, Teresa de Jesus deixa as quase cento e oitenta religiosas que a haviam acompanhado nos primeiros passos na vocação, e parte rumo à maior aventura de sua vida: a reforma da Ordem Carmelitana.
Levando apenas o indispensável para sua primeira fundação, ela se despede daquelas paredes, testemunhas mudas de sua abençoada trajetória: a porta pela qual ingressara no mosteiro, o locutório onde Nosso Senhor a repreendera por deter-se em conversas mundanas, a cela em que habitara e tantas vezes com Ele se entretivera em colóquios …