O Reino de Deus foi comparado a um grão de mostarda, que,
quando é semeado, é a menor de todas as sementes. Mas, depois de semeado, cresce, torna-se maior que todas as hortaliças e estende de tal modo os seus ramos, que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra (Mc 4, 31-32).
Essa parábola, com diversas aplicações, refere-se particularmente à Santa Igreja Católica.
Com efeito, da minúscula semente deixada na terra por nosso Redentor – composta por apenas algumas dezenas de discípulos – cresceu uma árvore que se expandiu por todo o globo terrestre até abarcar mais de um bilhão de membros.
Para chegar a isso, superou ela perseguições, viu impérios, regimes e civilizações surgirem e desaparecerem, assistiu enfim, serena e incólume, a catástrofes sem nome.
Seu contínuo florescer, mesmo em ambiente hostil, patenteia-se também em nossos dias. Em maio, quando a Igreja sofria ainda o cerrado ataque de certos órgãos da mídia, o povo acorreu às centenas de milhares às ruas de Lisboa e do Porto, e ao Santuário de Fátima, para prestar a Bento XVI sua solidariedade e suas entusiasmadas e carinhosas homenagens. “Bento XVI, nós confiamos em ti!” diziam algumas das faixas com que o Papa foi recebido.
Duas semanas depois, centenas de milhares de fiéis manifestavam em todo o mundo sua piedade eucarística.
Em Brasília se celebrava o 16º Congresso Eucarístico Nacional, de cuja Missa de encerramento, presidida pelo Cardeal Cláudio Hummes, legado pontifício, participaram quase 100 mil fiéis.
Na capital do Peru, realizava-se o I Congresso Eucarístico e Mariano de Lima (CEM 2010), a cujas atividades compareceram diariamente dezenas de milhares de fiéis, tendo como ponto culminante o Encontro com a Juventude, com mais de 100 mil jovens.
De 10 de abril a 23 de maio, a Exposição 2010 do Santo Sudário, em Turim, atraiu mais de 2,1 milhões de pessoas, de todos os continentes, que formaram infindas filas, esperando seu turno para poder contemplar e venerar por alguns instantes a preciosa relíquia.
E na solenidade do Sagrado Coração de Jesus, quinze mil presbíteros se uniram ao Papa, na Praça de São Pedro, na maior concelebração já ocorrida na Cidade Eterna, para o encerramento do ano sacerdotal, cujo objetivo foi promover a renovação espiritual do clero.
Todos esses são sinais, entre muitos outros, de que a frondosa árvore da Igreja – ao contrário de outras instituições – continua a crescer, resistindo, sobranceira, às investidas dos adversários.
Quem mantém sempre viva, atuante e em expansão a Esposa de Cristo? É o próprio Espírito Santo, que com o seu sopro ininterrupto conserva, estimula, converte, ampara, recupera e santifica os membros desse Corpo Místico.
Aí está o segredo do desenvolvimento e robustez dessa árvore sagrada que um dia foi semente: a seiva de sua vitalidade é divina, e não humana.
A Igreja é sólida e indestrutível porque é sustentada pelo próprio Deus!