Quando o Cirineu pegou na Cruz, um diálogo mudo estabeleceu-se entre ele e o Homem-Deus, que parecia lhe dizer:

“Meu filho, é por você que sofro. Você Me vê no auge do abandono e da desgraça, tendo alcançado o último ponto do desprezo humano. Mas olhe para Mim: uma misteriosa grandeza, uma enigmática e envolvente bondade dedilha sua alma como faz um bom médico ao derramar unguento sobre uma chaga. Não percebe um horizonte novo abrindo-se para você?”

 

Plinio Corrêa de Oliveira