Ao longo dos séculos, superando todas as vicissitudes, vai a Barca de Pedro singrando os mares rumo à plenitude do Reino de Cristo.

Disso dão mostra as sempre renovadas inspirações do Espírito Santo suscitando novos carismas, desdobrando um maravilhoso leque de formas de amor a Deus nas mais diversas situações, como novas joias acrescentadas ao diadema da Esposa de Cristo, sempre bela, triunfante, luz do mundo e encanto do Criador.

Há dez anos, um desses novos carismas dava um passo fundamental em sua história: João Paulo II erigia canonicamente os Arautos do Evangelho como Associação Internacional de Fiéis de Direito Pontifício.

Após o encontro com o Sumo Pontífice, os Arautos comemoraram sua nova situação com uma Missa solene no altar da Cátedra de Pedro na Basílica do Vaticano, presidida pelo Cardeal Jorge María Mejía, então arquivista da Santa Igreja Romana e presidente da Biblioteca Vaticana.

Na homilia, o insigne celebrante explicava que nossa associação adquirira, “com a Cátedra de Pedro, com o centro da Igreja Católica, uma relação especial”.

A partir daquela ocasião, afirmava ele, os Arautos se tornavam “o braço do Papa”.

Tal circunstância geraria, de fato, consequências inúmeras para a nova associação de direito pontifício, obtendo-lhe do Céu abundantes graças para seu desenvolvimento.

Uma vez estabelecido o vínculo íntimo e particular com o Doce Cristo na Terra, a obra dos Arautos do Evangelho não cessou de se expandir por dezenas de países, enquanto a compreensão cada vez maior do próprio carisma favorecia novos desdobramentos dentro da sua família religiosa.

Entre os mais eminentes, vale citar como, de uma associação de leigos – e que continua a cultivar seu carisma laical nos seus empreendimentos de evangelização –, surgiria também um ramo sacerdotal (a Sociedade de Vida Apostólica Virgo Flos Carmeli), e uma sociedade de vida apostólica feminina (Regina Virginum).

Entre as outras alegrias desta década, os Arautos viram seu fundador, o Mons. João Scognamiglio Clá Dias, ser honrado pelo Papa Bento XVI com a condecoração Pro Ecclesia et Pontifice e com o título de cônego honorário da Basílica Papal de Santa Maria Maior.

Além disso, em seu mais recente livro, o Santo Padre nos brinda com uma honrosa menção, ao afirmar estarmos assistindo “a um grande renascimento católico, a uma dinâmica do florescimento de novos movimentos, como por exemplo os Arautos do Evangelho, jovens cheios de entusiasmo por haver reconhecido em Cristo o Filho de Deus e desejosos de anunciá-Lo ao mundo”.

Tudo isto nos leva a render jubilosa ação de graças a Nossa Senhora, Mãe insuperável, que nos obteve esses dons, já agradecendo por aquilo que Ela ainda fará.

E, genuflexos, pedimos-Lhe que seu Divino Esposo, o Espírito Santo, suscite logo na Igreja muitos novos carismas, refulgentes de entusiasmo e de amor a Deus, que contribuam para renovar a face da Terra.