Olha, Margaret!” De uma janela gradeada na Torre de Londres, Sir Thomas More chamava a filha para contemplar a cena: cinco sacerdotes – John Haile, um pároco secular, Richard Reynolds, monge brigidino e renomado teólogo, e três priores cartuxos, John Houghton, Robert ­Lawrence e Augustine Webster, trajando o alvo hábito de sua Ordem – estavam sendo levados para o Tyburn, infame cadafalso a alguns quilômetros de distância e derradeiro destino daqueles que ousavam desafiar a vontade real.

Naquele 4 de maio de 1535, por recusar a jurar o chamado Ato de supremacia pelo qual o monarca reinante, Henrique …