Dois velhos amigos conversavam com sossego ao redor de uma mesa ricamente enfeitada para o jantar. “Velhos amigos”, pois a diferença de idade entre um e outro ultrapassava um século.
Curioso banquete este em que, no lugar de músicos e instrumentos a alegrar o ambiente, reinava um meditativo silêncio esporadicamente interrompido pelo crispar dos troncos que queimavam na lareira.
O que conversavam os dois amigos? O satisfeito anfitrião – o mais novo à mesa – despedia-se lentamente do convidado. Lentamente porque não se sentia inclinado a abandonar sua agradável presença.
— Ah, meu bom Bourgogne, a …