Será que no Céu vamos estar reclinados eternamente em nuvens fofas, como o imaginam certas representações de Anjos barrocos? Gorduchos, de lábios rosados, cabelos encaracolados, expressões fisionômicas pouco definidas, tocando harpas ou violinos e parecendo olhar a terra como a assistir espetáculos numa arquibancada de diversões contínuas. Se o Céu fosse assim, realmente seria o caso de procurarmos o elixir da “longa vida”, a fim de permanecermos neste mundo o maior tempo possível. Que tristeza, que vazio, que imensa monotonia!…
A mansão eterna não é o abrigo dos moles, dos mesquinhos, dos interesseiros, mas a morada permanente …