Numa certa cidade do antigo Egito contemplava-se uma cena chocante. Era o início da primavera, perto da meia-noite. Em várias casas humildes, espalhadas pela urbe, os umbrais das portas gotejavam sangue ainda fresco.
Felizmente, este não provinha de sacrifícios humanos, mas da imolação de cordeiros, consumada no crepúsculo com vistas à celebração de uma nova festa solene que mais tarde se chamaria Páscoa. Esse sinal distinguia as moradias das famílias hebreias, oprimidas pelos egípcios havia quatrocentos e trinta anos.
Talvez algum homem se assustasse ao ver as portas ensanguentadas, mas que importava? Ninguém as pintara para serem …