O sol mostrava-se sem véus naquele dia: parecia querer contemplar-se nas águas calmas do rio, ao mesmo tempo que secava as lágrimas daquela multidão desolada. Na corrente, retocada com os reflexos do astro rei, viam-se dezenas de embarcações distanciarem-se. Rumavam para outra pátria, para um continente longínquo, sem qualquer previsão de retorno.

Centenas de rios – de lágrimas, bem entendido – nascidos de olhares amargurados pareciam confluir para um único cais.

Na verdade aquele porto assemelhava-se a um gládio, que deixava um povo dividido. Cerca de quinze mil pessoas,1 juntamente com seu soberano, rumavam para um outro …