Simbolizada mesmo antes de nascer
Nossa Senhora é a Rainha dos Céus e da Terra, dos anjos e dos homens. Seu reinado também extrapola o tempo: Ela é mencionada no passado, presente e futuro. Por isso, em muitas passagens bíblicas encontramos alusões a dons e graças que só foram concedidas a Ela. O Véu de Gedeão é um símbolo e exemplo da excelsitude de Maria.
História de Gedeão
No tempo dos juízes, quando Deus governava ao seu povo diretamente, antes mesmo dos reis, o povo de Israel, por sua infidelidade, caiu nos campos de batalhas. Muitos inimigos subjugaram o povo e roubavam suas plantações e riquezas, deixando a terra devastada e a população em prantos. É neste cenário que nasce Gedeão, o último filho da última família da última tribo de Israel. A Bíblia faz questão de demonstrar o quanto os seus conterrâneos não tinham esperança nele. E o próprio Gedeão, cercado de duvidosos descrentes, também deixa de acreditar em si mesmo, até quando Deus lhe dirige a palavra e lhe faz o convite de salvar sua nação.
Ele deveria ir de encontro aos inimigos com quantos quisessem ir com ele, não importava o número: Deus concederia a vitória, e isto deveria bastar para sanar as dúvidas do improvisado comandante. Mas ele, Gedeão, pediu que Deus lhe desse um sinal: ele deixaria seu véu no campo, durante toda a noite. Segundo sua exigência, Deus deveria manter o véu seco e a grama em torno dele molhada pelo orvalho.
Na manhã seguinte, eis que Gedeão volta e constata todo o campo tocado pelo rocio, enquanto seu véu estava completamente enxuto. Como se não bastasse um milagre assim, Gedeão tem mais uma proposta: ele só iria se, agora, na manhã seguinte, ele encontrasse o véu todo encharcado do orvalho e o campo ao redor seco. E assim aconteceu: voltando ao campo ao raiar da aurora, Gedeão encontra seu véu molhado e o campo seco.
Símbolo de Maria: o véu de Gedeão
Neste singular fato, enxergamos uma prefigura da Virgem Maria: no primeiro caso, enquanto todo o mundo estava marcado pelo pecado original, Nossa Senhora foi a única exceção e se manteve intocada pela mancha: é o dogma da Imaculada Conceição. No segundo, percebemos que o mundo estava seco e árido para as graças de deus, mas a Mãe Santíssima não; nela se encontrava toda a graça e toda a forma de bem.
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