Durante a preparação para a consagração a Nossa Senhora, São Luís Maria Grignion de Montfort recomenda ao cristão, que se prepara para essa entrega de amor, que se aproxime do sacramento da confissão.
Assim como uma prateleira, onde se acumula pó, precisa ser espanada constantemente para não manter suja toda a casa, assim também nossas almas precisam ser “espanadas” com frequência para poder luzir melhor. Mas afinal, o que é a confissão, e porque tão poucos católicos a praticam?
A Confissão é o meio perfeitíssimo instituído por Jesus Cristo para perdoar os nossos pecados. Através da Confissão temos a certeza de que fomos perdoados. Na História Sagrada vemos que Davi passou uma vida inteira fazendo penitência pelo seu pecado, sem saber se Deus o perdoara ou não.
Hoje, basta nos ajoelharmos em um confessionário e, com humildade e arrependimento, declinarmos as nossas faltas a um sacerdote para que nos levantemos com a tranquilidade de termos sido inteiramente perdoados.
Porém, para que a confissão seja válida e a certeza inteira, é necessário a observância de alguns pontos:
Assim, com estes pontos atendidos, o fiel pode ter a certeza e o alívio de que foi perdoado. Como o padre diz na absolvição após a Confissão: “Te concedo, pelo ministério da Igreja, o perdão e a paz”.
O exame de consciência é o ato realizado antes da confissão, onde o fiel relembra, e anota (se julgar necessário), os seus atos, dos quais deseja pedir perdão a Deus. Como saber, entretanto, no que eu ofendi a Deus?
A Santa Igreja prepara um pequeno questionário onde encontramos as transgressões mais graves, aquelas que ofendem os 10 mandamentos. Para o cristão que não se confessa há muito tempo, será melhor que ele se mantenha atento sobretudo a esta parte.
Creio fielmente em tudo o que Deus revelou, ou duvidei voluntariamente de alguma doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana? Li, assinei, publiquei, propaguei, emprestei livros, folhetos, revistas, ou jornais hostis a Deus e à santa religião? Assisti à sessão espírita, ao culto protestante, ou de religiões não cristãs? Falei mal de Deus, contra a sua Santa Mãe, Maria Santíssima, contra os santos, contra a Igreja e seus ministros?
Blasfemei contra Deus? Jurei o seu santo nome sem necessidade?
Deixei de ouvir a missa inteira aos domingos e festas de guarda por culpa própria? Profanei a Igreja por conversas, olhares indiscretos, namoros, por traje indecente?
Para os filhos: desrespeitei os pais falando-lhes asperamente ou respondendo-lhes mal? Murmurei contra eles? Desobedeci? Obedeci de má vontade?
Para os pais: Descuidei-me da educação física e intelectual? Principalmente da educação religiosa dos meus filhos? Não os mandei à Missa aos domingos e festas de guarda, ao catecismo? Cuidei de suas boas leituras, reprimi divertimentos impróprios? Dei-lhes mau exemplo? Deixei de corrigi-los? Castiguei-os com impaciência ou ira?
Odiei o próximo? Desejei-lhe mal? Prejudiquei minha saúde por excesso de comida e bebida, sobretudo bebidas alcoólicas? Usei drogas? Tentei contra a própria vida ou contra a vida do próximo, ou alimentei estes pensamentos? Roguei pragas? Maltratei animais?
Consenti em pensamentos desonestos e em maus desejos? Olhei indiscreta e maliciosamente para coisas indecentes, pessoas descompostas? Tive conversas imorais? Li e olhei livros e revistas, estampas e fotografias obscenas e imorais? Pratiquei atos indecentes comigo mesmo? Faltei com o pudor e modéstia em meus trajes?
Para os casados: procurei satisfação carnal fora do matrimônio (adultério ou pecado solitário – masturbação)?
Roubei, furtei, aceitei objetos furtados, guardei-os? Não devolvi ao dono um objeto achado ou emprestado? Deixei de pagar as dívidas, ou fiz dívidas que sabia que não poderia pagar, com o intuito de, de fato, não pagá-las? Não paguei ao operário o salário justo? Dei prejuízo voluntário ao próximo? Desperdicei o dinheiro em futilidades?
Menti? Violei segredos? Levantei falso testemunho? Supus más intenções? Fiz juízos temerários? Fingi doenças, pobreza, piedade para enganar ou outros? Dei ouvido a conversas contra a vida alheia?