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A Sagrada Família de Nazaré - Data: 29 de Dezembro 2021
 
 
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"Junto do filho está a mãe, junto ao esposo a santa esposa. Lá se compensam os cansaços por amizade afetuosa".

A Festa da Sagrada Família de Nazaré é dedicada ao dia 30 de dezembro, como que completando um círculo completo: iniciamos no Natal, passamos pelo primeiro mártir, pelo apóstolo amado, pelo sacrifício dos incontáveis pequeninos e desabrochamos na origem de tudo, o seio sagrado do lar de Nazaré.

Acontece que, no Brasil, a Conferência de Bispos decidiu que a Festa da Sagrada família fosse celebrada no domingo seguinte ao dia 25 de dezembro, o Natal.

Neste ano de 2021, tal ocorrência se deu no dia 26 de dezembro, caindo em plena festa de Santo Estevão.

Assim, para não deixar passar essa linda celebração em branco, resolvi trazer hoje, dia 30 de dezembro, data nativa da festa, algumas considerações do Papa Paulo VI sobre as lições que a Sagrada Família nos ensina

A escola da Sagrada Família de Nazaré

“Nazaré é a escola onde se começa a compreender a vida de Jesus: a escola do Evangelho.

Aqui se aprende a olhar, a escutar, a meditar e penetrar o significado, tão profundo e tão misterioso, dessa manifestação tão simples, tão humilde e tão bela, do Filho de Deus. Talvez se aprenda até, insensivelmente, a imitá-lo.

Aqui se aprende o método que nos permitirá compreender quem é o Cristo. Aqui tudo fala, tudo tem um sentido. Aqui, nesta escola, compreende-se a necessidade de uma disciplina espiritual para quem quer seguir o ensinamento do Evangelho e ser discípulo do Cristo.

Ó como gostaríamos de voltar à infância e seguir essa humilde e sublime escola de Nazaré! Mas estamos apenas de passagem. Não partiremos, porém, antes de colher às pressas e quase furtivamente algumas breves lições de Nazaré".

Lições de Nazaré

“Primeiro, uma lição de silêncio. Que renasça em nós a estima pelo silêncio, essa admirável e indispensável condição do espírito; em nós, assediados por tantos clamores, ruídos e gritos em nossa vida moderna barulhenta e hipersensibilizada.

O silêncio de Nazaré ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor das preparações, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê no segredo.

Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, sua comunhão de amor, sua beleza simples e austera, seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré o quanto a formação que recebemos é doce e insubstituível: aprendamos qual é sua função primária no plano social.

Uma lição de trabalho. Ó Nazaré, ó casa do “filho do carpinteiro”! É aqui que gostaríamos de compreender e celebrar a lei, severa e redentora, do trabalho humano; aqui, restabelecer a consciência da nobreza do trabalho.

Aqui, lembrar que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que sua liberdade e nobreza resultam, mais que de seu valor econômico, dos valores que constituem o seu fim.

Finalmente, como gostaríamos de saudar aqui todos os trabalhadores do mundo inteiro e mostrar-lhes seu grande modelo, seu divino irmão, o profeta de todas as causas justas, o Cristo nosso Senhor".

Cf. Alocuções de Paulo VI, Liturgia das Horas
 
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