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Santa Luzia, Virgem e Mártir - Data: 12 de Dezembro 2021
 
 
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"As virgens que estavam preparadas entraram com ele para o banquete nupcial. E a porta foi fechada". (Mt 25,10).

Santa Luzia nos traz o exemplo de mulher determinada, firme em sua fé, em sua convicção. Nem os mais furiosos do império, nem mesmo o imperador conseguiu dobrá-la à sua vontade, pois ela já tinha um Senhor, e só a Ele serviria.

Santa Luzia ouve Santa Ágata

Tendo nossa jovem romana nascido ainda no século II, de uma família patrícia romana, esperava-se que Luzia fosse dada em casamento, para que a união das famílias ricas se perpetuasse no Império.

Porém, a mãe de Luzia padecia de uma doença de hemorragia há muitos anos, e Luzia não queria saber de pretendentes até a cura de sua querida parenta. Muitos médicos foram consultados, soluções foram ofertadas, mas nada que curasse a hemorragia que esvaía as forças da mãe.

A santa, então, propõe ir visitar o túmulo de Santa Ágata, protetora de uma pequena cidade da região. Diante dos restos mortais, as duas virgens santas se encontram: Santa Ágata aparece à Santa Luzia e lhe diz que a fé da pequena havia curado a sua mãe.

Imaginem a cena do convívio espiritual e místico das duas amazonas de Cristo: Santa Ágata morrera anos antes por ser cristã e virgem, e por se recusar a perder sua fé e pureza com os ídolos e más vontades dos serviçais do imperador romano.

Luzia ainda não sabia qual seria seu destino, mas, com certeza, ali mesmo renovou seu voto de castidade. Já se doara a Cristo, não seria de mais ninguém nesse mundo.

Inicia-se a luta pela virtude

Com a volta para casa com a mãe curada, novamente o pretendente de Santa Luzia se adiantou, pedindo-lhe em casamento. A santa negou, pois já tinha um esposo: Cristo Jesus.

Inconformado, egoísta, medíocre, acostumado a ter suas vontades feitas pelo dinheiro que possuía, o jovem mimado foi reclamar ao imperador, acusando Luzia de ser cristã.

Sendo o maior crime do império romano não adorar aos deuses pátrias, só um futuro se afigurava à santa: a morte desonrada pela espada de um soldado.

Não bastando, porém, o atentado à vida, as forças do mal queriam mais: a morte da virgindade de Luzia. Por isso, o imperador ordenou que fosse levada a um prostíbulo, e lá fosse trancada e só saísse quando pecasse de todas as formas possíveis.

Diante dos soldados que a vinham levar à casa de perdição, Luzia rezou: “quem vive casta e santamente, é templo do Espírito Santo, sem a minha vontade, a virtude nada sofrerá”.

Nem dez homens conseguiram levanta-la do chão. Foi Deus protegendo àquela que nEle confiava.

Furioso, o imperador mandou que a matassem ali mesmo. Foi despejado um caldeirão de azeite fervendo em cima da jovem indefesa, mas nada aconteceu: foi como se água morna caísse por sobre seus cabelos.

Conta-se, não com muita precisão, que em determinado momento Luzia teria tido seus olhos arrancados, por não querer se sujar com as imundícies do imperador romano. Por isso, Santa Luzia é conhecida como a padroeira da vista até hoje.

Enfim, recebendo a herança de São Paulo, a jovem cristã teve sua cabeça decapitada. Assim foi para o Céu, festejar com as outras esposas santas de Cristo, entre elas Santa Ágata, a querida e inocente Luzia.

Sua memória é celebrada dia 13 de dezembro, data estimada de sua morte, do ano 304. Como Tertuliano narra: “sangue de mártires, semente de novos cristãos”, assim Santa Luzia foi tomada como protetora da cidade em que nasceu, Siracusa, e ainda hoje é alento para nós que, tão viciados pelos prazeres do mundo, recorremos à sua força de fé para sermos melhores cristãos.

Cf. https://cruzterrasanta.com.br/historia-de-santa-luzia/95/102/
 
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