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Santo André Dulang e seus companheiros, mártires - Data: 23 de Novembro 2021
 
 
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Santo André Dulang, bravo guerreiro de Cristo, entra hoje no Céu carregando em seus braços a palma do martírio, sofrendo, em pleno século XIX, a mesma a barbaridade dos Romanos Antigos.

Ai de Santo André Dulang se vivesse hoje em dia!

Ouviria novas leis e novas predicações sobre a tolerância. Sobre a permissão religiosa, sobre os direitos da prática da fé que cada um escolhe.

Mas o que ele menos teve foi tolerância. O que menos houve com a Igreja Católica, em sua terra, seu querido Vietnã, foi tolerância. Ele sabia que a pior intolerância é a dos tolerantes.

E, se alguém duvida, vamos à história.

Das terras asiáticas para a Pátria Celeste

Vietnã, terra regada pro sangue cristão. Desde o século XVI, quando começou a pregação do evangelho sobretudo pela ordem dominicana, os cristãos eram perseguidos e mortos. Acusados de crime contra o Estado, foram cercados desde pântanos à montanhas e florestas.

Santo André foi uma semente ilustre que cresceu desse solo fértil. Nascido em perto do ano 1800, foi alvo da perseguição bissecular que os seus sofriam.

Sabe-se que foi ordenado sacerdote em 1823, cuidando do rebanho que a ele fora confiado. Costuma-se chamar o pároco de cura, pois traz a saúde de alma para a região que toma conta.

Santo André Dulang foi verdadeiramente o cura de sua aldeia, nunca pestanejando ou fraquejando diante da ameaça de morte que sofria unicamente por ser cristão.

Foi preso diversas vezes, mas os seus pagavam para libertá-lo. Ele sempre fora contra a prática, mas não podia recusar a generosidade de seus filhos.

Por fim, alvo da crueldade, foi brutalmente morto por decapitação, já que não desistia de sua fé.

Sangue de mártir, semente de novos cristãos

Como se o sangue de Santo André apaziguasse as ameaças do governo, este se deu por satisfeito por 70 anos. A vida religiosa católica pôde se organizar, pôde crescer sobre o sol da frágil paz.

Frágil porque, em 1955, com o comunismo se instalando na China, o Vietnã voltou a sofrer.

Os comunistas matavam pelo simples fato de serem cristãos. Homens, mulheres, crianças, todos católicos, eram considerados ameaças para a filosofia comunista. Claro que este sendo baseado no materialismo e no ateísmo, não descansaria enquanto não exterminasse aquilo que lhe é contrário.

Os católicos tentavam fugir através de embarcações frágeis, paus-a-pique, pois qualquer fuga era preferível à matança que se fazia nas terras vietnamitas.

Porém, como disse Tertuliano: sangue de mártires, sementes de novos cristãos. A Igreja não será derrubada pelas portas do inferno, e o fervor cristão não se apagou dos corações vietnamitas.

João Paulo II, em 1988, para honrar o povo mártir do Vietnã, consagrou o dia 24 de novembro, dia do martírio de Santo André Dulang, como a celebração de todo sacrifício cristão no país.

Fruto do oferecimento de Santo André Dulang

Enfim, os tolerantes não venceram, apesar de sua intolerância. Pensem nisso quando estiverem diante das fórmulas comunistas: quanto sangue inocente há nas mãos do que imitam os perseguidores vermelhos!

Eu tive a alegria de conhecer um filho de vietnamitas que fugiram do país pela perseguição. As histórias que eles me contaram ficarão sempre gravadas em minha memória. Não as narro aqui por serem trágicas demais.

Mas, vendo-os hoje, percebo a alegria em seu olhar. Um de seus filhos é um padre católico: com certeza é uma vocação comprada pelo sangue de seus antecedentes, quiçá pelas orações de Santo André Dulang.

Cf. https://franciscanos.org.br/vidacrista/calendario/santo-andre-dung-lac-e-companheiros/#gsc.tab=0
 
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