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Santo Antão Abade, Pai dos Monges - Data: 16 de Janeiro 2022
 
 
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Santo Antão Abade é conhecido como o grande iniciador da vida monástica. Viveu por volta de 251-356. Nasceu na cidade de Conam, no coração do antigo Egito, em 251.

"Vai, vende tudo o que tens"

Santo AntãoEra o primogênito de uma família cristã de camponeses abastados e tinha apenas uma irmã. Aos vinte anos, com a morte dos pais, herdou todos os bens e a irmã para cuidar. Um jovem cheio de riquezas tem infinitas possibilidades em sua vida. Antão, porém, incerto, deixava-se levar pela vida.

Certo dia, indo a um templo católico assistir a Sagrada Missa, ouviu da boca do sacerdote as palavras do Evangelho: "Vai, vende tudo que tens, distribui o dinheiro aos pobres e terás um tesouro duradouro no céu; então, vem e segue-me!" (Mc 10, 21).

Antão ficou tocado com a passagem que sentiu ser um especial convite do Senhor, mas não acreditou de primeira. No dia seguinte, indo ao santo sacrifício mais uma vez, ouviu as mesmas palavras! Assim, tocado por uma graça, distribuiu tudo o que tinha aos pobres, entregou sua irmã a um mosteiro e se retirou para o deserto.

Passou a viver na oração e na penitência. Entretanto, atendia quem lhe pedia orientação e ajuda e começou a ser muito procurado. Assim, recebeu a alcunha de abade, pois uma seleta comunidade começou a se formar em seu entorno.

Por preferir o isolamento, Santo Antão Abade abençoou seus filhos e discípulos e decidiu se retirar ainda para mais longe, vivendo numa gruta abandonada por mais ainda dezoito anos.

A fama de sua extraordinária experiência de vida santa no deserto correu o mundo. O próprio clero, muitos magistrados e peregrinos não abriam mão de seus conselhos e consolo, procurando-o. Até o imperador Constantino e seus filhos estiveram com ele.

Em Alexandria, Santo Antão Abade defende a Cristandade

Santo Antão esteve em Alexandria duas vezes: em 311 e 335. A primeira para animar e confortar os cristãos perseguidos por Diocesano. A segunda para defender seu discípulo Atanásio, que era o bispo, e estava sendo perseguido e caluniado pelos arianos e para exortar os cristãos a se manterem fiéis à doutrina do Concílio de Nicéia de 325.

Um fato pitoresco da vida de santo Antão abade durante seu tempo no deserto foi uma tentação plantada pelo demônio. O inimigo da salvação atormentava Santo Antão com uma dúvida: serei o monge mais longevo neste deserto? Não há ninguém mais entregue ao senhor que eu?

Até mesmo as almas santas passam por essas importunações, e Santo Antão pedia ao Senhor que lhe livrasse desses pensamentos, pois do desejo de comparação frequentemente nasce a vanglória ou a inveja.

Deus não abandonou seu servo. Um dia, inspirado pelo Espírito, Santo Antão começou a se aprofundar pelo terreno árido e encontrou, sentado sob a sombra de uma caverna, um homem que era muito mais velho que ele: Paulo de Tebas. Nós o conhecemos hoje por São Paulo, o eremita.

Este tinha 15 anos de vida no deserto a mais que Antão. Assim, o Senhor aliviou o coração do Santo Abade e ainda alegrou os dias de São Paulo, pois a amizade que nasceu entre os dois a partir deste dia só teve seu auge quando ambos se encontraram no Paraíso Celeste.

Morre o Pai dos Monges

Ele profetizou a sua própria morte, que ocorreu aos cento e cinco anos, em 17 de janeiro de 356, na cidade de Coltzum, Egito. Santo Atanásio foi o discípulo e amigo que escreveu sua biografia, registrando tudo sobre o monge mais ilustre da Igreja Católica antiga.

As suas relíquias são conservadas na igreja de Santo Antônio de Viennois, na França, onde os seus discípulos construíram um hospital e numerosas casas para abrigar os doentes abandonados. Mais tarde, se tornaram uma congregação e receberam o nome de “Ordem dos Hospedeiros Antonianos”, que atravessou os séculos.

 
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