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A infância de São Francisco de Paula - Data: 02 de Abril 2014
 
 
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Místico e analfabeto, São Francisco de Paula teve uma vida longa e santa voltada para o amor de Deus e santificação dos homens. A Santa Igreja o elevou às honras dos altares e sua festa é comemorada em 2 de abril, dia em que morreu, aos 91 anos, na Sexta-feira Santa de 1507. Aqui contaremos alguns pequenos fatinhos de quando ainda era um jovem infante.

Milagrosamente, nasce um menino

Tiago e Viena formavam um casal que vivia em Paula, pequena cidade da Calábria, na Itália. Tiago era agricultor. Viena ajudava o marido no que era possível a uma mulher fazer. Juntos, eles constituíam um casal católico exemplar. Embora levando uma vida difícil, procuravam santificar-se: rezavam bastante, jejuavam, praticavam boas obras, faziam penitência. Consideravam-se felizes. A felicidade de situação em que viviam, no entanto, era empalidecida por algo lhes penalizava: não conseguiam ter filhos.

Não faltavam pedidos, orações e sacrifícios para que Deus lhes enviasse um filho. Pediam muito a intercessão de São Francisco de Assis, de quem eram devotos. Prometeram até que, se o santo lhes atendesse, dariam o nome de Francisco ao primeiro dos filhos que tivessem. Deus ouviu tão prementes e piedosos pedidos: nasceu-lhes um filho. O menino tinha uma infecção nos olhos e poderia ficar cego. De novo procuraram São Francisco. Com respeito, pediam que ele atendesse por inteiro o pedido deles e não apenas pela metade.

Tiago e Viena prometiam ao Santo que, se ele curasse o menino, tão logo a idade o permitisse, ele seria vestido com o hábito de frade franciscano e colocado, por um ano, num convento da Ordem de São Francisco. Novamente o casal foi atendido. Francisco de Paula crescia saudável, abençoado por Deus e com evidentes pendores para a santidade. Até os 12 anos seguia o exemplo paterno: rezava e praticava penitência.

Francisco de Paula se torna um "menino frade", exemplar e obediente

O tempo passou e Tiago e Viena não tinham cumprido ainda a promessa feita. Um dia apareceu na casa deles um frade franciscano lembrando que chegara a hora de cumprirem a promessa feita. Os pais, de bom grado, levaram o jovenzinho com o hábito de São Francisco para o convento de São Marcos, onde era observava rigorosamente a regra da Ordem dos Frades Menores.

O menino Francisco de Paula, mesmo não estando obrigado, cumpria com exatidão as normas conventuais. E isso a tal ponto que se tornou modelo de observância da regra. Era exemplo até para os frades mais experimentados e vividos nas práticas religiosas. Já nessa ocasião, alguns fatos extraordinários marcaram a vida do pequeno Francisco. Um dia o irmão sacristão ordenou-lhe que fosse buscar brasas para o turíbulo. Porém, esqueceu-se de dizer a Francisco como deveria proceder. Com toda simplicidade e inocência, ele atendeu ao pedido colocando as brasas em seu hábito e as levou ao irmão sacristão. Seu hábito nada sofreu.

Em uma outra ocasião, ele ficou como encarregado da cozinha. Pôs os alimentos em uma panela e a colocou sobre o carvões e lá a deixou. Em seguida foi para a igreja rezar, esquecendo-se de acender o fogo... rezando, entrou em êxtase, e tempo foi passando. Um frade entrou na cozinha e viu o fogo apagado. Procurou Francisco perguntando se a refeição estava pronta. O jovem respondeu que sim e, em seguida, foi para a cozinha. Não se sabe como, o certo é que o fogo estava aceso e os alimentos cozidos...

Fontes
Les Petits Bollandistes, Vies des Saints, d'après le P. Giry, Bloud et Barral, Paris, 1882, tomo IV, p. 143.
Edelvives, El Santo de Cada Dia, Editorial Luis Vives, S.A., Saragoça, 1947, tomo II, pp. 333 e ss.
Pe. José Leite S.J., Santos de Cada Dia, Editorial A. O., Braga, 1993, pp. 412-413.
 
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