«Quanto a mim, Deus me livre de me gloriar a não ser na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo» (Gál 6, 14).
Assim como o apóstolo Paulo, o Padre Pio de Pietrelcina colocou no centro de sua vida a Cruz de Nosso Senhor. Foi ele abrasado no amor a Cristo de tal forma que com Ele se configurou, imolando-se pela salvação do mundo.
Este digníssimo seguidor de São Francisco de Assis nasceu pois no dia 25 de Maio de 1887 em Pietrelcina, na arquidiocese de Benevento, filho de Grazio Forgione e de Maria Giuseppa de Nunzio. Foi aliás baptizado no dia seguinte, recebendo o nome de Francisco. Recebeu com efeito o sacramento do Crisma e a Primeira Comunhão, quando tinha 12 anos.
Aos 16 anos entrou no noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, em Morcone. Posteriormente, recebeu ali o hábito franciscano com o nome de Frei Pio.
Contudo, depois da Ordenação Sacerdotal, recebida no dia 10 de Agosto de 1910 em Benevento, precisou ficar com sua família até 1916, por motivos de saúde. Entretanto, em Setembro desse mesmo ano foi mandado para o convento de Santa Maria das Graças, situado em São Giovanni Rotondo, onde permaneceu até à morte.
O dia 25 de maio de 1917 foi agraciado com os estigmas da crucifixão de Jesus, os quais permaneceram nele por mais de 50 anos.
Um traço revelador do privilegiado contato dele com o mundo sobrenatural é de fato a estreita relação que manteve durante toda a vida com seu Anjo da Guarda, ao qual ele chamava de “o amigo de minha infância”. Era seu melhor confidente e conselheiro.
Com a ajuda deste amigo o Santo pôde sobretudo ir preparando sua alma para os numerosos sofrimentos físicos e morais que nunca lhe faltaram.
Ademais, abrasado pelo amor de Deus e do próximo, o Padre Pio viveu em plenitude sua vocação sacerdotal através da direção espiritual dos fiéis, da reconciliação sacramental dos penitentes e da celebração da Eucaristia. Assim, o momento mais alto da sua actividade apostólica era aquele em que celebrava a Santa Missa.
No campo da caridade social, esforçou-se por aliviar os sofrimentos e misérias de tantas famílias, principalmente com a fundação da «Casa Sollievo della Sofferenza» (Casa Alívio do Sofrimento), que foi inaugurada no dia 5 de Maio de 1956.
Inegavelmente, para o Padre Pio, a fé era a vida: tudo desejava e tudo fazia à luz da fé. Empenhou-se assiduamente na oração. Passava o dia e grande parte da noite em colóquio com Deus. Dizia: «Nos livros, procuramos Deus; na oração, encontramo-Lo. A oração é a chave que abre o coração de Deus». Além disso, a fé levou-o a aceitar sempre a vontade misteriosa de Deus.
A irmã morte levou-o, preparado e sereno, no dia 23 de Setembro de 1968; tinha ele 81 anos de idade. O seu funeral caracterizou-se por uma afluência absolutamente extraordinária de gente.
Nos anos que se seguiram à sua morte, a fama de santidade e de milagres foi crescendo cada vez mais, tornando-se um fenômeno eclesial, espalhado por todo o mundo e em todas as categorias de pessoas.
No dia 2 de Maio de 1999, João Paulo II o declarou Beato o Venerável Servo de Deus Pio de Pietrelcina, estabelecendo no dia 23 de Setembro a data da sua festa litúrgica. No dia 26 de Fevereiro de 2002, foi publicado o Decreto sobre a sua canonização. Fontes: www.vatican.va / Revista Arautos do Evangelho, Set/2004, n. 33, p. 20 à 23
SAIBA MAIS São Pio de Pietrelcina e um milagre inimaginável… |