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Amparo maternal de Nossa Senhora
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 09/11/2015
 
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Redação – (Segunda-feira, 09/11/2015, Gaudium Press) – Transmitidas pelas Sagradas Escrituras, numerosas são as passagens nas quais brilha a magnificência do Onipotente na assistência ao povo eleito. Não se fazia ideia até então que à força criadora e manifesta de Deus Pai viriam se conciliar a ternura e compaixão de um Deus feito Menino, para vencer com o amor o que à justiça não fora reservado conquistar.Nossa-Senhora-Arautos1.jpg

Se fosse de sua vontade, o Filho poderia ter Se encarnado em seu pleno desenvolvimento humano. Entretanto, quis fazer-Se um frágil Menino e sujeitar-Se a todas as exigências e cuidados próprios a esse estado, dispondo para Si uma Mãe: “Um único Filho pôde criar a seu agrado a mãe da qual Ele devia nascer, aperfeiçoá-La constantemente a fim de amá-La sempre mais, sem receio de ver um limite imposto à generosidade e à alegria de seu amor”.1

Esta Mãe, por sua vez, correspondendo ao amor de que fora objeto, desde os primeiros instantes de sua concepção santa e imaculada, como um reflexo cristalino da dileção que sobre Ela pousou, manifestou, com extremo de bondade, seu desvelo e carinho pelos que A rodeavam. Com um requinte todo especial, esta preocupação materna atingiu seu clímax na Encarnação do Verbo.

No entanto, como para esconder-Se sob os raios da Luz que trouxera ao mundo, quis traçar as linhas de sua existência no mais obscuro e discreto silêncio, preferindo que somente o Pai Eterno visse suas obras de amor aos homens.

Os Evangelhos não nos dizem muito a respeito de Maria. Encontramos uma referência condensada à glória e excelência da Virgem: “E Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que Se chama o Cristo” (Mt 1, 16).

Feita Mãe de Deus, o insuperável amor maternal da Virgem Maria não se limitou apenas ao Filho Unigênito – o que de si já seria grandioso em extremo -, mas se estendeu a todos os que tiveram a alegria de desfrutar de seu convívio nesta Terra. E, estando a Virgem na glória eterna, pode fazer muito mais pelos homens e pela Igreja, enquanto Mãe e Rainha. De fato, atualmente não se concebe a Igreja sem a figura de Maria Santíssima.

Esse amparo maternal de Nossa Senhora a cada filho seu se manifesta com um matiz diferente, mas sempre sublime. Nesse sentido, a história de cada homem, quando dócil aos chamamentos da Mãe Celeste, pode ser resumida numa escalada de sublimes comunicações entre Mãe e filho: Maria e cada homem em particular. E quanto mais esta relação se torna íntima e intensa, tanto mais a vida adquire brilho. O ânimo da vida vem quando se toma contato com a maternalidade de Maria e se experimenta suas carícias, porque então as asas para o voo a Deus começam a nascer.

“Dois aspectos fundamentais caracterizam essa vida marial dos nossos tempos: Querem as almas ver Nossa Senhora, não numa auréola de êxtase e distante, longe de nós, envolta em uma dignidade inacessível, mas sim como uma MÃE”.2

Por Ir. Raphaela Nogueira Thomaz, EP

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1 OLLIVIER, Marie-Joseph. Les amitiés de Jésus. Paris: P. Lethielleux, 1929, p. 3. (Tradução da autora).
2 PHILIPON, M. A verdadeira fisionomia de Nossa Senhora. Trad. D. Frei Luiz Palha, OP. Rio de Janeiro: Olímpica, [s.d.], p.15.

 
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